A dona do Sollyorks

sábado, 27 de março de 2010

por Josy Antunes

Sou magra e uso óculos, que nem sempre combinam com minhas roupas. Adoro que me chamem de Déh, é um apelido vindo da minha família desde que eu me conheço por gente”. Com este pequeno trecho contido em uma auto definição, é possível garantir que toda a equipe de jovens repórteres do Cultura NI reconheça de quem se trata. Quanto aos leitores, é difícil afirmar quem a conheça por esse apelido. O fato é que, provavelmente, ambos desconheçam a história que Jéssica de Oliveira – a Déh, ou ainda “Marrentinha” - carrega consigo, junto ao projeto que hoje mobiliza cerca de 20 jovens.

Em 2008, num dos comuns dias de aula do Colégio Estadual Califórnia, Jéssica recebeu um convite despretensioso dos amigos Breno Marques e Marcos Paulo: participar de um tal “Minha rua tem história”. Movida pelo interesse pela escrita, ela prontamente aceitou e compareceu à sua primeira reunião, na quadra da Vila Olímpica de Nova Iguaçu. “Quando eu cheguei lá tinha muita gente, mais de trezentas pessoas”, lembra ela, quase reproduzindo a expressão de surpresa que fez no momento. Dentro deste número, estavam, majoritariamente, participantes do ProJovem e alguns “jovens repórteres”, que registrariam tudo o que ali acontecesse.

Logo a nova menina, então com 16 anos de idade, foi apresentada a Julio Ludemir, responsável pela coordenação do projeto do qual agora faria parte. “O Julio é a pessoa que você deve conhecer”, fixou Breno. O primeiro contato, onde podia ter reinado o nervosismo, é guardado com comicidade por Jéssica, que diz ter feito “cara de séria” durante a apresentação: “Ele estava com um sapato, uma calça de veludo cotelê, um blazer azul e uma camisa do Flamengo. Eu achei aquilo muito engraçado”, conta em meio a sorrisos.

Compromisso, espírito de coletividade e responsabilidade. Foram estas as três recomendações dadas pelo coordenador ao pequeno grupo de quatro pessoas, nas quais Déh estava incluída, que se inseriam na grande equipe – que na época era constituída de cerca de 200 membros. 
 

Os 200 eram divididos por bairros. Cada bairro possuía um redator, que recebia as matérias produzidas pelos repórteres e as encaminhava para os editores, que as publicavam no blog: o minharuatemhistoria.blogspot.com. “Eu lembro que o dia em que o Julio me conheceu de verdade, foi quando teve a culminância do projeto”, recorda Deh, servida de sua excelente memória. Na ocasião – um domingo chuvoso –, também ocorrida na quadra da Vila Olímpica, foram realizadas apresentações e premiações aos jovens contadores de história, encerrando o “Minha rua tem história”. Mesmo com a enorme quantidade de pessoas, teoricamente, participando da equipe de repórteres, apenas 4 deles estiveram presentes. “Foi a minha primeira experiência como jovem repórter de verdade”, confessa Déh. Geralmente, as “grandes reportagens” eram destinadas àqueles com maior domínio de produção de matérias, ou seja, ficavam a cargo dos mais antigos no projeto. Nenhum deles estava presente na culminância. “Julio, tô aqui”, prontificou-se a novata Jéssica de Oliveira. “Eu fiz um “geral” do evento. Falei de muitas escolas, entrevistei muita gente, falei com quem se apresentou, com quem ganhou MP4, citei a Maria Antônia e o Faustini...”.

E sobre estes dois últimos – a coordenadora do programa Bairro-Escola, Maria Antônia Goulart, e o Secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, Marcus Vinícius Faustini – há ainda outro fato curioso. “Eu imaginava um cara velho, que ficava lá na Prefeitura coçando a barriga e não fazia nada”, conta Deh, em mai um de seus arroubos de sinceridade. “Estava muito cheio, todo mundo queria ver o que acontecia. Aí eu fiquei perto de onde o Faustini estava com a Maria Antônia. E eu não conhecia nenhum dos dois”, relata ela, já entrando em risadas. “Minha querida, você não pode ficar aqui”, disse calmamente o secretário. Ela retrucou na hora. “Se eu não ficar aqui, você acha que eu vou ficar aonde, se eu não consigo ver?!”. “Eu peitei o Faustini e eu não sabia que era ele. Se eu não fizesse daquele jeito, eu não faria de jeito nenhum e eu queria fazer”, alega.

Para Deh, o resultado da culminância foi além da matéria “A vitória dos livros: Na reunião da equipe de reportagem, realizada no dia seguinte, ela teve seu trabalho e sua “marra” reconhecidos. E, a partir de então, tomaria posse de um dos seus mais populares apelidos: “Marrentinha”. Reunidos na parte frontal da Biblioteca Professor Cial Brito, no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, cerca de 40 jovens escutavam um “sermão” decepcionado do coordenador Julio Ludemir, decorrente da ausência diante do evento tão importante que ocorrera.

Quem é Jéssica de Oliveira?”, perguntou ele em determinado momento. Vendo surgir uma resposta tímida, Julio lançou: “Eu recebi sua matéria. Sensacional. Você nasceu pra escrever”. “Aquilo me deixou tão feliz. Acho que ninguém lembra disso como eu. Me senti tão contente e satisfeita. Valeu a pena sair de casa num domingo chuvoso, tendo visita na minha casa, estando frio e eu não conhecendo ninguém”, admite Jéssica. Não bastando os elogios, Julio fez questão de lembrar: “Não tem aquele cara que você meteu a maior marra? Ele é o Faustini. Ele é o seu patrão”. “Eu fiquei com muita vergonha”, expressa a moça. “A primeira coisa que eu percebi nela foi uma atitude. Ela não teve medo”, declara o coordenador, 18 meses após o caso.

A atitude percebida por Julio já era velha conhecida dos pais da menina: aos 9 anos, cursando a 3ª série do Ensino Fundamental, ela “bateu o pé” para transferir-se de escola. “Ou eu ficava na escola que era do lado da minha casa, ou eu ia pra Escola Municipal Monteiro Lobato e atravessava de ônibus a cidade inteira”, diz, radiante. E, apesar da liberdade de escolhas da qual sempre usufruiu, Déh não escapou das preocupações e receios comuns a todos os pais de adolescentes, que quase implicaram em sua saída do projeto. “No começo eles acharam que era um cursinho e que fosse mais uma 'coisinha' na minha vida”, relata ela, citando ainda as dúvidas que lhe eram colocadas sobre as possibilidades de problemas surgirem, devido a sua pouca idade. “Teve uma época que foi muito ruim. Nós conversamos, eu, meu pai e minha mãe, e eles falaram que não queriam que eu participasse mais, porque não achavam certo. Eu estudava de manhã, segunda-feira participava das reuniões de pauta e, no decorrer da semana, eu saía muito”, rememora Jéssica, reproduzindo em seguida a fala de seu pai: “Déh, você não dorme, você apaga. Nem eu que trabalho o dia inteiro fico igual a você no final do dia. Você nem se alimenta direito na rua”. E para saber quem “venceu” entre as cobranças e lágrimas – que, segundo ela, poderiam ter rendido um Oscar – que se estenderam por essa questão, basta olhar o atual quadro de autores do Cultura NI para perceber o número crescente ao lado do nome “Jéssica de Oliveira”.

Com o fim do projeto “Minha rua tem história”, uma novidade foi anunciada por Faustini, o Secretário de Cultura, durante uma grande reunião no teatro do Sylvio Monteiro: o imenso grupo se dividiria em 3 partes, que retratariam a cultura de Nova Iguaçu. A primeira opção apresentada foi a “Escola de Pesquisa”, que seria coordenada pela antropóloga Marcella Camargo. “Ele apresentou a Marcella, toda linda, toda maravilhosa. Ela falou do conceito de pesquisa e muita gente se interessou”, relata Jéssica, falando com admiração sobre a antropóloga e confessando em seguida: “Eu não entendia o porquê deles gostarem daquilo. Não que não seja importante, mas não é o que eu gosto”. A segunda ideia explicitada foi o “Grupo criativo”, liderado pelo próprio Marcus Vinícius Faustini e pelo músico Nike. Eles criariam ações e articulariam maneiras de expandir o blog e divulgar as atividades dos grupos. E Déh, preocupada com seu futuro, ainda não sentiu-se motivada a estender o braço em ato de compromisso assumido. Foi então que o terceiro grupo foi anunciado: A Escola Agência de Comunicação, coordenada por Julio Ludemir. “Eu não participaria da pesquisa. Por amar tanto escrever, por amar tanto o blog, por ter chorado tanto quando meus pais falaram que eu não podia mais participar.”

A partir do encontro, as matérias produzidas passaram a ser publicadas em jovemreporter.blogspot.com – até então elas se mantinham no “Minha rua tem história”. E, em setembro de 2009, foi assumido um novo endereço: o atual Cultura NI. O grupo coordenado por Marcella hoje impressiona com as pesquisas internacionais que vêm realizando. A mais recente delas era relacionada a ONU, a Organização das Nações Unidas. Já o grupo criativo, teve vida curta e seus membros direcionados aos dois outros bem sucedidos projetos.

“Me relacionei com muito mais gente. Aprendi muitas coisas”, alega Déh, apenas principiando uma carinhosa declaração. “Eu vivia no meu mundinho fechado de cultura. Arte pra mim era o que a professora passava na escola. Eu passei a reconhecer cultura, não a definir”. Ela conta ter aprendido a cada vez que saía de casa pra fazer uma cobertura ou entrevista. “Eu não ia só como repórter. Eu ia como pessoa, prestava atenção em tudo e aí fui mudando meu conceito. Eu era muito preconceituosa”. Exclamações como “Em Nova Iguaçu não tem cultura” passaram a atingi-la de forma visceral. E as conversas passavam a rumar para tentativas de repassar a vivência obtida no projeto da Secretaria de Cultura, tanto no ato externo de produzir uma matéria, quando no convívio interno com os novos colegas. “Explodi minha bolha”, compara ela, “Me inspirei muito, conheci pessoas sensacionais. Eu saí do meu mundinho de pessoas que se preocupavam apenas com a roupa que iam pra uma festa”. Citando rapidamente algumas dessas inspiradoras pessoas, Déh menciona Camila Ellen que, quando precisava de dinheiro para conseguir algo desejado, se pintava e ia pra Via Light fazer palhaçadas para crianças, esbanjando vivacidade. Ou ainda o Maicon, conhecido como “Dotadão”, sobre o qual cita com enorme ênfase sua capacidade criativa, que fazia brotar incríveis parcerias, como com a fotógrafa Mariane Dias – que iniciou a carreira artística no projeto. Juntos, a dupla produzia vídeos que provinham da mistura dos ingredientes funk e fotografia. “Eu cruzei com muita gente criativa aqui. Gente que se encontra e se dá”.
Esses novos contatos, nova gama de experimentações e o fato de ter sido descoberta – pelo coordenador do Jovem Repórter e por si própria – a transportaram para um novo cotidiano, mudando a estrutura de redes sociais, hábitos e até planos para o futuro. Os intervalos da escola, que sempre foram dedicados a bate-papos com as amigas, passaram a ser ambientados no laboratório de informática, que tinha internet liberada. Como o acesso no computador de casa era limitado, Déh aproveitava qualquer momento na escola para escrever suas matérias e executar sua mais recente paixão: o Sollyorks – blog que tinha a autoria dividida entre ela e o namorado Giuseppe Stéfano, também membro do Jovem Repórter. “Eu perdi amizades por isso. Às vezes eu matava aula pra escrever no meu blog. Eu era como criança indo pro PlayGround”, brinca Déh, que acabou ganhando fama de anti-social entre as amigas da escola.

O significado da palavra “Sollyorks”, ela não revela nem sob tortura. E a paixão pela escrita acabou se acentuando tanto com a soma do blog pessoal + Jovem Repórter, que Giuseppe acabou cedendo a autoria só para ela. “O Sollyorks agora é só meu, eu comprei os direitos autorais”, ri a moça. “Aquela era a minha paixão”. Atualmente, o dilema da autora tem sido: “Não sei se paro de escrever no blog pra ter assunto com os amigos, ou se paro de conversar com os amigos pra ter assunto no blog.

No início de 2009, os grupos de jornalismo e pesquisa passaram por outro grande momento: o que ficou lembrando como uma grande “peneiração”. Aquela grande quantidade de pessoas vinculadas ao “Minha rua tem história”, no ano anterior, se mantinha. E mantida também estava a grande proporção de pessoas que não demonstravam real interesse pelo projeto. “Trabalhar com 200 pessoas é uma coisa. Trabalhar com 200 pessoas que não querem nada, é outra”, sintetiza Déh. “Era muita gente e o Julio vivia estressado porque as pessoas não entendiam, alimentavam conversas paralelas. E o cara com 48 anos, filhos criados, com seus belos cabelos brancos, seis livros lançados, tinha que ficar se preocupando com um bando de jovens que não faziam nada?! Era muita sacanagem”.

“Era um mundo de pessoas. E, obviamente, que no meio desse pessoal tinha gente que só queria a bolsa, tinha gente que adoraria escrever, mas que não sabia escrever. Tinha todo tipo de gente”, esclarece o coordenador. “Há um grande problema na questão do jornalismo, desse tipo de comunicação, porque ela implica numa das coisas mais difíceis e complexas que é o ato de escrever, que discute com a própria brasilidade. O Brasil é um povo espetacular do ponto de vista das artes plásticas, das artes cênicas, das artes musicais. Espetacular no sentido do povo. Agora, quando você vai falar de um povo que escreve, você não tem isso”, diz enfaticamente, simplificando em seguida, num argumento que se assemelha com a percepção descrita por Déh, sobre a diversidade criativa do grupo: “Não existe uma tradição de escrever. E isso se manifestou com muita clareza nesse projeto. As pessoas são maravilhosas fazendo milhares de outras coisas, mas não especificamente escrever”.

“Ele queria acabar com o projeto, ignorando quem estava interessado. Fiquei muito tensa, porque eu não queria sair. Eu gostava daquilo”, lembra Déh, que era tranquilizada por Giuseppe. Depois de reuniões com os responsáveis pelo Jovem Repórter, Pesquisa e representantes da SEMCTUR, decidiu-se que uma média de 30 jovens ficariam em cada um dos dois grupos. E o nome “Jéssica de Oliveira pôde ser lido no quadro que ficou exposto pelos dias que se seguiram, entre os demais nomes dos que prevaleceram nas equipes. “Valeu a pena ter levado a sério”, concluiu ela. “Eu brinco com o Julio que quando eu escrever o meu livro eu vou ter que dedicar a ele. Pra quem mais eu vou dedicar? Ele me descobriu. Eu não sabia que eu tinha capacidade, porque não era uma coisa que participava da minha rotina”, conta Déh, emocionada ao falar do coordenador e dos habituais “sermões” ministrados por ele durante as reuniões de pauta.

A jovem repórter Jéssica de Oliveira, prestes a completar 18 anos, concluiu no final de 2009 o Ensino Médio. Agora, matriculada no Pré-Vestibular Comunitário de Nova Iguaçu, em Santa Eugênia, ela declara orgulhosamente: “Da família do meu pai, eu vou ser a primeira a ir pra faculdade. E eu vejo tudo isso como um treinamento pra mim. Quero arrumar um emprego numa ONG, por exemplo, em que eu desenvolva um trabalho semelhante ao que eu faço agora, em site e blog”, prevê a futura Web Writer Jéssica de Oliveira.

                                                        

CURTAS:

Cultura NI: Por que “Deh”, já que seu nome é Jéssica?
Déh: Meu nome é Jéssica de Oliveira Ramos. Minha mãe sempre me chamou de Déh, minha vó também. Eu nem sei se meu pai sabe que meu nome é Jéssica. Déh era o apelido do meu avô. E o nome dele era Geraldo. Ele faleceu quando minha mãe estava grávida de 3 meses. Nós não nos conhecemos. Mas meu avô e minha mãe eram muito ligados.

Cultura NI: O que motiva no trabalho que realiza no Cultura NI?
Déh: É eu escrever uma matéria e a pessoa depois responder dizendo que gostou muito da entrevista, receber comentário. O Julio é o que mais me motiva, quando ele manda e-mail dizendo que eu arrasei, quando ele me liga...

Cultura NI: E o que desmotiva?
Déh: Entrevistado monossilábico e a falta de divulgação.

Cultura NI: Se voce tivesse que escolher entre uma de suas matérias?
Déh: A primeira.

Cultura NI: E uma para te representar, no caso de apresenção a uma proposta de emprego em ONG, como você citou anteriormente, por exemplo?
Déh: "Por que as mulheres fazem sexo e os homens fazem amor?". Porque eu não entrevistei ninguém, eu apenas falei sobre e falei bem.

Cultura NI: E uma pessoa que tenha entrevistado?
Déh: O Griot. De longe. Foi no Ivonete. Eu pagaria pra ouvir de novo o que ele falou.

Cultura NI: Se você nao ecrevesse, o que você faria?
Déh: Seria cabeleireira. 

Cultura NI: Qual foi o pior momento do projeto?
Déh: 200 pessoas. Se eu sobrevivi àquilo, eu sobrevivo aos “pitis” do Julio hoje.

Cultura NI: E o melhor?
Déh: Iguacine 2009.

Cultura NI: Qual a importância do Sollyorks?
Déh: É a minha válvula de escape.

Cultura NI: E o Cultura Ni?
Déh: É o meu pontinho no meio da multidão. É a diferença que eu faço. É poder empregar o meu “dom” numa coisa que muda a cara de Nova Iguaçu. E eu faço isso com muito prazer. 
 

 

5 Comentários:

SIRF disse...

não sou chorão na vida. só choro diante da arte - que pra mim é tanto melhor quanto mais me faz chorar. e eu quase chorei com esse texto. parabéns josy. mais uma vez. julio

Déh disse...

"Quase", Julio? Pois eu chorei. O que, na verdade, não é nenhuma novidade (eu choro por tudo!!!).
Josy, MUITO, obrigada pelo belo texto. Está maravilhosamente bem detalhado.
Julio, muito obrigada por tudo o que fez por mim.
E - me sentindo a ganhadora do Oscar, né? - agradeço também a todos que passaram pelo projeto. Cada um dos J.R. somaram/somam valores impagáveis na minha vida.
Amo muito vocês.
Beijos.

Nany Rabello' disse...

Eu lembro de quando vc chegou no projeto. Lembro de quando falou comigo, e lembro de quando e porque passei a te adimirar tanto.
Tua história é parecida com a minha em certos pontos, sabia?! rs'
O texto ficou lindo Josy, como sempre =)

@sourainha disse...

adorei - principalmente por descobrir de onde veio o "marrentinha".

Marcelle Abreu disse...

Adorei a matéria.Adorei saber um pouco mais sobre a Déh,que é uma pessoa encantadora e que me dei bem desde minha entrada no projeto.

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