Todo mundo pode mais

quinta-feira, 25 de março de 2010

por Jéssica de Oliveira

No dia 22 de março, o CISANE (Centro de Integração Social Amigos de Nova Era), em parceria com o CDI (Comitê da Democratização da Informática), realizou, na Rua Sebastião de Melo, em frente à ONG do bairro, a 10° edição da Semana da Inclusão Digital com o tema "Todo Mundo Pode Mais". "Este ano, nós trouxemos esse tema como forma de dizer 'eu estou aqui' e mostrar que todos têm a capacidade de ser agentes transformadores", diz Edilson Maceio, gerente executivo do CISANE.

Várias atrações prestigiaram o evento, em sua maioria convidados pelo artista multimídia Nike: DJ Kilha, Ras Bernardo, Wilson Cigano - da Fundação Santa Sara Kali -, Mayara Landin - com performance de dança do ventre -, teatro do Espaço FAMA, Regis e Décio do Cavaquinho, o cantor Gabiru, o grafiteiro Dante e, é claro, um show à parte com a galera do Afro-Reggae. Todos tinham o mesmo foco: inclusão digital.

O evento também dizponibilou tendas tecnológicas culturais para a comidade. Na tenda 1, o assunto era saúde. Lá, qualquer pessoa poderia tirar todas suas dúvidas sobre a prevenção da tuberculose e da AIDS. A tenda 2 apresentava palestras sobre o mercado de trabalho; a chamada "Tenda Conexão". A tenda 3 era sobre o uso eficiente da energia elétrica, e a quarta e quinta tendas falavam sobre o acesso à Internet, oficinas de fotografias, atendimento social, esclarecimentos sobre o cadastro do Programa do Governo Federal, Bolsa Família e outros benefícios, além do cadastro do Programa Pro Jovem Adolescente.

Vencendo barreiras

Doze anos após sua criação e mais de oito mil estudantes formados na área da informática, o CISANE luta pela inclusão digital das classes menos favorecidas, levando a bandeira da utilização consciente e democrática do uso das tecnologias. "Nós estamos nessa batalha há muito tempo. São muitas as dificuldades, mas nós não desistimos; continuamos vencendo as barreiras", conta Edilson Maceio. Segundo ele, o evento, que é feito anualmente, já passou pelo Top Shopping, calçadão e estação de trem de Nova Iguaçu, pela praça Rui Barbosa e outras comunidades, mas neste ano ficou em casa. "Nós resolvemos fazê-lo em nosso bairro - Nova Era -, para que a comunidade participe e tenha consciência de que todo mundo pode mais", explica.

Assim como uma andorinha só não faz verão, o CISANE também não anda desacompanhado. Nesses anos de caminhada, a ONG, que já mudou a vida de milhares de pessoas, tem em seu currículo várias parcerias, que colaboram para que seus projetos funcionem e alcancem o maior número de beneficiários possível, como a CDI, que há quinze forma profissionais que atuarão nas comunidades, formando agentes transformadores. "Nós somos um comitê, presente em oito países do mundo, com o mesmo objetivo: usar as tecnologias para construir um mundo melhor, com menos exclusão social e mais inclusão digital", diz a gestora de acompanhamento Bruna Araújo, de 25 anos.

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