Teatro cívico

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

por Hosana Souza

A primavera chegou e praticamente nada mudou. Mas, sendo está a estação das flores e das paixões, eu trago três palavras – e uma história apaixonada - para você, caro leitor do Cultura NI. Ônibus, determinação e alegria. Aparentemente essas palavras não têm nenhuma relação; entretanto, elas podem definir com perfeição a história da professora Christiane Ferreira e seus alunos da Escola Municipal Odir de Araújo. Agora, vamos por partes.

Na última terça-feira, tinha marcada uma consulta com o dermatologista; como sempre atrasada, entrei no primeiro ônibus que apareceu – mesmo sendo aquele um que me deixaria muito longe do local desejado. Como que por destino, percebi naquele Salutran Nova Iguaçu – Austin várias crianças da rede municipal de ensino, com seu característico uniforme azul, espalhadas em trio pelos bancos. Fui, então, acometida por um misto de curiosidade de Jovem Repórter e paixão por crianças típica de Normalista. Após uma breve observação, cheguei perto daquela que julguei ser a responsável pelo grupo; uma mulher alta, de sorriso largo, com óculos de aro fino, uma roupa roxa e uma criança no colo.

Boquinha de urna

terça-feira, 21 de setembro de 2010

por Albert Azenha e Raphael Ruvenal

Foi com esse tema que fomos para a rua tentar entender melhor como funciona o cotidiano das pessoas que trabalham em campanhas eleitorais.

É grande a quantidade de funções nesse período. Nessa abordagem encontramos desde coordenadores de campanha a plaqueiros e panfleteiros, mas o nosso foco era conhecer aqueles que passam sua maior parte do dia em praças públicas, em lugares de muito fluxo, entregando papeis e divulgando os seus candidatos.

Reencontro através do funk

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

por Renato Acácio


Santo de casa não faz milagre. Os percursos que o samba, a capoeira e o cinema novo trilharam para adquirir status de cultura nacional, digna de reconhecimento enquanto identidade, atenção e de expressão valiosa, tiveram de procurar reconhecimento no exterior, para só então obter um merecido valor de uma faceta da cultura brasileira. Não tem sido diferente com o movimento Funk Carioca. Acusado pela mídia de incitar a violência desde a década de 1990 e pela classe média de música pornográfica e desprezível no início dos anos 2000, o movimento Funk Carioca vem caindo no gosto internacional e promete virar o jogo assim como o Samba, outrora repudiado e nos dias de hoje aclamado pelas mesmos elitistas que o repudiaram, um dia o fez.

Um dos responsáveis e pioneiros em apresentar a cultura do Baile Funk Carioca para públicos internacionais atendem pelo nome de Bruno Verner e Eliete Mejorado. Juntos eles formam o TETINE, um projeto artístico que vai além da música, passando pelo audiovisual, a performance, a instalação e a poesia. Há 15 anos na pista, dos quais 10 produzindo na Inglaterra, o TETINE surgiu quando Bruno Verner, músico ligado à cena punk underground brasileira, foi fazer a trilha para uma performance em que Eliete Mejorado, atriz e artista visual, participava em 1995 em São Paulo. A partir daí a dupla não se separou mais e de lá pra cá lançaram 10 álbuns e se engajaram em dezenas de projetos artísticos das mais variadas plataformas, dentre os quais uma parceria com a artista visual francesa Sophie Calle e um programa de rádio em Londres, onde semanalmente apresentavam os novos sons vindos do Brasil.

Morro limpeza

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

por Jéssica de Oliveira

No dia 15 de setembro, as comunidades da Babilônia e do Chapéu Mangueira, no Leme, realizaram um mutirão para a retirada do lixo acumulado em diversos pontos dos morros. A ação foi organizada pelas associações de moradores das duas comunidades em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro, o CDI, a Comlurb, o Corpo de Bombeiros, Polícia Cívil e Militar, agentes de saúde, a ONG Cisane de Nova Era e a Escola Tia Percília, localizada no Babilônia. Os moradores das comunidades que há um ano receberam a Unidade de Polícia Pacificadora, a UPP, também participaram do mutirão.

Os campeões da web

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

por Wanderson Duke

Quando provedores de hospedagem de páginas começaram a disponibilizar esse serviço para usuários da internet, surgiram os famigerados blogs. Logo, milhões de pessoas conectadas a esta rede começaram a usufruir como bem entenderam essa nova experimentação. Surgiram blogs em forma de diário, outros de crônicas, tirinhas de cartoons e por aí vai. Cada um fez o que bem entendeu com o seu. Mas, como tudo tende a evoluir, a “era blog” –mesmo bastante atual e amplamente usada – acabou produzindo uma vertente em que o método da fala é mais aprazível e de fácil assimilação: são os VLOGS.


Está bem, vamos levar em consideração que você passou o último ano de férias no Acre e não faz ideia do que estou falando. Tenha paciência. Eu explico. Enquanto no blog se tem a escrita como ferramenta de comunicação e transmissão do conteúdo, no vlog a coisa muda um pouco de figura, já que esta comunicação é feita por meio do vídeo. Ou seja, na essência, só muda a apropriação da ferramenta. Uma é a escrita; a outra, a fala.

Nesse ínterem surgiram canais no site YouTube , onde os vloggers postam de forma aleatória sobre temas diversos. Cada um com sua própria característica. Alguns assumem uma roupagem de personagem . Como no caso do ator Felipe Neto, que já ultrapassou os 10 milhões de exibições no YouTube. No seu canal “Não Faz Sentido”, com um pequeno estúdio montado em sua casa no Méier, Felipe aborda assuntos do cotidiano e cultura pop num tom de comédia. O que já se mostrou bastante eficiente.
Felipe Neto gravando para o seu canal "Não faz Sentido".
Na outra extremidade do navio, temos o paulista por naturalidade e colorista por profissão PC Siqueira – PC vem de Paulo César. A saudação com que inicia os vídeos fica enraizada na mente: “Oi, como vai você?”. PC grava os vídeos no seu quarto sem  usar nenhum aparato técnico, salvo sua câmera, obviamente. Em seu Canal “Mas poxa Vida”, PC relata situações adversas – na maioria das vezes faz um desabafo sobre as coisas que o irritam - em tom bem informal, dando a sensação de que se está mesmo tendo uma conversa. PC já ultrapassou 30 milhões de visualizações.

Toda essa fama no cyberespaço acabou vazando para o “mundo na real”. Tanto o carioca quanto o paulista conseguiram mais do que angariar “views” para seus respectivos canais.  Eles conseguiram trabalhos nos meios audiovisuais ou, no caso do ator Felipe Neto, conseguiu uma vaga na Agência de Atores DNA. Já o paulistano possui um quadro na MTV.
Lola - Buldog Francês do PC Siqueira.
Obviamente que, no início de tudo, nenhum deles tinha grandes ambições com seus canais. PC Siqueira já disse em inúmeras entrevistas que somente estava entediado e um pouco bravo por não ter conseguido assistir ao filme Avatar, de James Cameron, como desabafo em seu primeiro Update no site. Mas as oportunidades chegaram.

Siqueira e Neto se aproveitam de sua popularidade para anunciar produtos durante as filmagens - exatamente como em um programa de TV. PC já conseguiu até mesmo uma Buldog Francês, chamada Lola, que é o grande charme do seu canal. Em todos os vídeos em que dá o ar de sua graça, suas aparições são memoráveis.                                                                              
                                                                                                      
Ambos foram indicados ao prêmio Webstar da MTV, que terá premiação hoje, às 22h. Portanto, não deixe de assistir aos canais desses dois vloggers de grande talento e que mostram como ninguém como a internet pode ser usada a seu favor.

Sonho de brilhar

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

por Marcelle Abreu e Yasmin Thayná

O grande encontro de pontinhos de cultura da Baixada Fluminense, criou oportunidades para todos os tipos de públicos. Prova disso é o Conexão Modelos de Nova Iguaçu que estreou alguns jovens na passarela pela primeira vez.

Cinema brasileiro é o sucesso da vez

por Robert Tavares

O cinema brasileiro encontra-se em uma ótima fase! Prova disso são os últimos sucessos de bilheteria como o longa "Nosso lar".
Inspirado na obra psicografada pelo médium Chico Xavier. A história narra a vida de André Luíz, um médico que desencarna durante uma cirurgia. A partir disso a história conta como são os primeiros anos de André  após sua morte, numa "colônia espiritual", espécie de cidade onde se reúnem espíritos para aprender e trabalhar entre uma encarnação e outra. "Nosso lar" levanta questões acerca do sentido do trabalho justo e dignificante e da Lei de Causa e Efeito a que todos os espíritos, segundo o espiritismo, estariam submetidos.

Reinvidicações por escrito

por Hosana Souza


“O que você deseja discutir nesse encontro?” Esta era a grande pergunta que os Pontinhos de Cultura deveriam responder após o ato de inscrição para o Teia Baixada 2010; e tanta curiosidade por parte dos organizadores não era à toa.  

“As principais reinvidicações que anotamos foram quanto a prestação de contas, o financiamento público, a gestão dos projetos culturais e o fortalecimento do Bairro Escola”, disse Lino Rocca, iniciando a reunião com os agentes culturais, “Comecemos, então, o levantamento de propostas”. A reunião que aconteceu durante dois dias do Teia, 9 e 10, tinha por objetivo, além de lavar a alma dos projetos, escrever uma Carta Documento oficial que será enviada ao MINC – Ministério da Cultura.

E a primeira a se manifestar, sem medo ou papas na língua foi Arlene de Katendê, do Afoxé Maxambomba: “Estou quase desistindo”, disse ela, “São reuniões atrás de reuniões que nunca resolvem nada; a verba pública é algo que está aqui em nossas mãos, mas não podemos usar nem para pagar um contador”, explica Arlene, revoltada com toda a burocracia que circunda a vida dos pontinhos de cultura.

Os Pontinhos, acalorados, concordavam com Arlene ao som de aplausos e alguns assobios. O sistema de prestação de contas sempre foi a maior reclamação dos agentes culturais, que argumentam sobre a inflexibilidade do sistema. Atualmente, só em Nova Iguaçu, 95% dos Pontos de Cultura têm problemas com a prestação de contas, o que gera malefícios para todos os lados: as ONGS ficam “com o nome sujo” e a União fica com dividas inexplicáveis – o que não é grande novidade.


Circo na Teia

terça-feira, 14 de setembro de 2010

por Vinicius Tomas, Luis Gabriel e Luciana Moreira





O Projeto Circo Baixada é uma ONG do município de Queimados que atende crianças em situação de risco social. Eles trouxeram para a Teia números circenses que são uma amostra do trabalho que é feito 

Eles começaram a apresentação com os pernas-de-pau Suelen e Anderson. Eles não se limitaram a caminhadas e executaram passos de dança á 3 metros de altura, embalados pela música “Burguesinha” de Seu Jorge. 

A seguir o malabarista Jackson, que chegou carregando uma mala de onde ele tirava seus artífices para os malabares. Pinos, bolinhas e argolas eram usados, com grande habilidade, pelo malabarista na apresentação. Um detalhe chamava a atenção, um pé (!!!)  insistia em sair de dentro da mala. Jackson tirou de lá o boneco humano, Bruno. O jovem contorcionista impressionou o público com os movimentos de seu “corpo de borracha” como disse uma senhora que assistia

Um tatame então é montado para Bruna e Anderson, em uma cena que mistura balé e ginástica. Os movimentos que exigiam força e destreza eram executados pelo casal com surpreendente suavidade. Anderson se sustentava sobre os braços como um ginasta, e Bruna executava movimentos que exigiam grande flexibilidade.

Sai os tatames para dar espaço aos monociclistas Daniel e Ivan. Usando uma plataforma previamente montada os dois evoluíram fazendo complexos números. Em um deles Ivan pulava corda montado no monociclo. O detalhe é que a corda estava em chamas. Brincar com fogo não é para amadores, Ivan apresentou um numero de impacto.(Nota do Repórter: Não consigo pular corda. Os meninos do Circo Baixada pulavam montados em monociclos e com a corda pegando fogo).

Depois de um numero de dança foi a vez de Guilherme, Bruno, Wallace e Joel mostrarem habilidade ao executar movimentos de ginástica olímpica no tatame. Estrelinhas e twists eram feitos com velocidade e precisão, arrancando aplausos do público. Ao fim todos os jovens e os educadores se reuniram para agradecer ao público os aplausos pela animada demonstração do trabalho que o Circo Baixada esta fazendo.

O Projeto Circo Baixada nasceu da conexão entre o Movimento Terras dos Homens e parceiros da Suíça, que atuam desde 1960 em Pernambuco. Hoje eles atendem 150 crianças e adolescentes em uma tenda, um “circo fixo”, no bairro Fanchen , em Queimados.A coordenadora e Mestre de Cerimônias Ymara conta que o projeto chegou á Queimados após um levantamento com crianças moradoras de rua da zona sul do Rio de Janeiro revelar que a maioria é oriunda da baixada e dessas grande parte é de queimados ”Atendemos crianças em vulnerabilidade, não são crianças de rua, elas sofrem muito preconceito” Diz Ymara.

Teia Cinematográfica

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

por Lucas Lima


O cinema também marcou presença na Teia da Baixada. Na tarde da ultima quinta, o Cineclube Buraco do Getúlio fez uma exibição especial intitulada “Cineclube Buraco na Teia”. Aconteceram sessões contínuas ao longo do dia com exibição de curtas que retratavam e/ou passados nos cenários da Baixada Fluminense.

“É importante fazer cinema em qualquer lugar, que as pessoas escolham o tipo de representação que elas vão ter, que tipo de imagem elas vão reproduzir delas mesmas, também porque elas inevitavelmente acabam tendo uma visão mais critica, porque quando você está com uma câmera na mão, você acaba fazendo um recorte no mundo, o cara que se importa com isso vai pensar em porque ele esta fazendo e escolhendo aquilo”, diz Diego Bion, criador do Buraco do Getúlio.

“Real Raciocínio” do próprio foi o primeiro curta da sessão, “Trilhos”, “Lúcidos” do grupo Código, “Primeira Sinfonia”, “O Bêbado e o Lobisomem” do Cine Guandu, “Lá no fim do Mundo” do cineclube Mate com Angu e “Um dia de Laura” de Miguel Nagle foram as exibições seguintes.

Histórias de fora para dentro

por Tony Prado

Há aqueles que dizem que a inspiração é um reflexo da alma e a literatura é a expressão da própria inspiração codificada em palavras, porém, segundo Faustini, a inspiração e a criação literária têm um sentido transitório um tanto diferente.

A 1ª Teia Cultural da Baixada Fluminense foi palco para diversas atrações e oficinas, entre elas a Oficina Literária – Como criar seu livro, ministrada por Marco Faustini, ex-secretário de Cultura e Turismo de Nova Iguaçu, com uma palestra magnífica sobre a importância de se conhecer e conhecer a própria história para se fazer uma história. Na oficina participavam, em maior peso, professores de língua portuguesa, pedagogos e outras pessoas da área educacional. Havia duas alunas de uma escola visitante do evento, mas ficou muito claro o desinteresse das pessoas por assuntos literários. Porém nada disso foi transtorno para que desanimasse o público da oficina literária. Pelo contrário, o clima era de descontração e até de intimidade entre os participantes.

Teatro bento

por Jéssica de Oliveira

A figura que se arrastava pela chão, clamava por um tesouro. Era coberta de lixo e fazia com que as pessoas se aproximassem, com os olhos bem abertos e com os ouvidos atentos, abrindo um generoso espaço para seus longos movimentos. "Água benta, água barrenta. Água lenta com sabor de menta", eram palavras que faziam parte de sua poesia.

O tesouro é a água, da qual ela mesma, figura da imundície, poluiu. Trazia consigo uma garrafa de vinho, presa numa meia-calça arrastão. Era a rede do pescador, que agarrava o lixo, ao invés do peixe.

Cordas mágicas

domingo, 12 de setembro de 2010

por Fernando Fonseca


Ioiô - (Definição): “É um dos brinquedos mais antigos que existe. É constituído de dois discos, geralmente de plástico, mas podendo ser também de madeira ou metal, unidos no centro por um eixo no qual se prende uma corda. Deixando-se cair o ioiô, de certo modo ele sobe com o impulso, e a corda se enrola; deverá outra vez cair e subir, sucessivamente, até que termine o impulso inicial. (Origem): O ioiô, tal como conhecemos atualmente, surgiu nas Filipinas, onde é um brinquedo muito popular entre as crianças. A palavra "ioiô" vem do filipino, e quer dizer "volte aqui"."

Toda infância tem suas marcas. Sobre o mirabolante e fantástico universo dos meninos, observamos diferentes modos e maneiras de diversão. Exercícios nostálgicos onde os que o vivem jogam bola ou soltam pipa, brincam de carrinhos ou de vídeogame, jogam peão ou brincam de pique. A moda vai, a moda volta. E nesse meio cíclico o que voltou com força foi o ioiô.

A gente quer sempre mais

por Marcelle Abreu

 
O Grupo Sócio-Cultural Código de Japeri marcou presença no último dia da Teia Cultural e deixou o público extasiado com a apresentação do espetáculo Sete Cabeças.

Todos que estiveram presentes se envolveram com a peça, que faz com que você se identifique com algum dos personagens em seu decorrer.

Uma prova de superação

por Marcelle Abreu

Aconteceu no dia 04 de setembro de 2010, a eleição do Miss Baixada Nova Iguaçu 2010, realizada na casa de show Gregos e Troianos.

O evento trouxe varias atrações, entre elas Gustavo Lins, que deixou o público agitado e as meninas totalmente eufóricas. Além dele, se apresentaram o grupo de dança da academia Pop Star e o bonde BDO.

Na apresentação, o ator Tiago Costa, interpretando Vanessa Du Matu,  e a Miss Baixada Nova Iguaçu 2009, Ana Raphaela Lamin, fizeram a tarde de sábado ser muito especial para as 14 candidatas que por mais que estivessem nervosas e ansiosas, foram fantásticas em suas apresentações.

A comissão julgadora foi composta por sete jurados: o ator Antonio Carlos Jr., o Mussunzinho, Éverton Mesquita, Felipe Vilella, Isabela Alves, a empresária Cristina Borba, o ambientalista José Augusto e o publicitário Alexandre Xandeiro.

Antes das candidatas entrarem ao palco, Ana Raphaela falou um pouco sobre o concurso e qual sua importância para o município. Logo após, ao som de “I Gotta Feeling- Black Eyed Peas”, as canditadas são chamadas e fazem o público vibrar. Depois de apresentadas, é a hora da coreografia, feita por Renata Pontes, onde dançaram no ritmo da melodia Just Dance, da cantora Lady Gaga.

As candidatas desfilaram maiôs da Carol Gava e vestidos de gala. Durante o desfile individual, o jurado e todos os presentes puderam saber um pouco mais de cada uma delas. Enquanto desfilavam, Tiago e Ana Raphaela falavam um pouco de cada uma e ao final os jurados faziam perguntas sobre Nova Iguaçu, para saber o quanto sabiam sobre o município a ser representado futuramente.

Estiveram presentes no evento a Miss Baixada Magé 2007/08, que subiu ao palco para falar um pouco de como é representar seu município, e a atual Miss Baixada Guapimirim, que circulou por todo espaço orgulhosa de estar usando a faixa de Miss Baixada Guapimirim 2010.

O evento atraiu cerca de 150 pessoas, entre amigos, familiares, conhecidos e, claro, fãs do cantor Gustavo Lins.

Depois de desfilar, mostrar um pouco de desenvoltura e oratória, as meninas esperaram o resultado junto a seus convidados, ao som de Gustavo Lins.

As candidatas puderam relaxar por alguns minutos até serem chamadas ao palco para a tão esperada hora. Renata Fontes é a responsável por anunciar a vencedora, mas antes Ana Raphaela faz um discurso e enfim Girlaine Alves Madeira, 19 anos, recebe a coroa e a faixa de Miss Baixada Nova Iguaçu 2010. O resultado surpreendeu a candidata, que tenta o título desde 2007. “Não esperava ganhar esse ano, nem ia participar. Estou aqui graças a minha mãe e meu marido que nunca deixaram de me incentivar”, diz ela logo após o resultado.

O segundo lugar ficou para Jéssica Medeiros, 18 anos, e o terceiro para Krislayne Moreno, 14 anos. Elas têm em comum o fato de estarem participando pela primeira vez do concurso e isso só as incentiva a querer mais. “É muito gratificante, pois é o primeiro ano que participo e já tendo o terceiro lugar é uma honra”, afirma Krislayne com os olhos brilhando de tanta alegria. E Jéssica completa. “Ter um titulo como esse é muito importante, pois vai ajudar na carreira de modelo. Com certeza vai abrir muitas portas e poder representar Nova Iguaçu é maravilhoso”.


O enxoval

por Robert Tavares


O espetáculo é inspirado em duas idosas moradoras de Sobragi (Minas Gerais), que a atriz Ana Paula Secco realmente conheceu em 1995. A história conta com bom humor a relação de Célia, que é cunhada de Amélia (Ana Paula Secco e Verônica Reis), que aos 86 anos guarda o enxoval completo na esperança de um dia se casar. Essa vivência foi transformada em teatro numa história que trata da solidão, da amizade e do tempo, e ainda mais, fala de humanidade! A encenação é simples e estruturada no trabalho das duas atrizes, tendo como pano de fundo a relação clássica dos palhaços Branco e Augusto. O lado cômico da peça fica por conta das manias e inocência da dupla.

De criança para criança

sábado, 11 de setembro de 2010

por Jefferson Loyola/ fotos retiradas do orkut da ONG

Estreia do espetáculo feiurinha em agosto de 2009
Foi apresentado ontem, 10 de setembro, na “Teia Baixada”, o espetáculo teatral “O Fantástico Mistério de Feiurinha”, uma adaptação do livro infanto-juvenil com o mesmo nome, de Pedro Bandeira, para o tablado do SESC de Nova Iguaçu. Dirigido pela Bianca Carvalho, fundadora da ONG Mundo Novo de Cultura Viva, a peça é uma montagem feita através do Grupo Teatral do Ponto de Cultura Projeto Mundo Novo de Mesquita.

Comédia infantil, o espetáculo trata de uma busca à história de feiurinha e, por extensão, o desespero das outras princesas por não saberem como é a história da mesma. Bruxas, príncipes, castelos, um final feliz e outros clichês das histórias infantis ganham uma entonação através do humor e das crianças que trazem um tom natural ao espetáculo. No palco, estavam Branca de Neve, Cinderela, Bela Adormecida, Bela (de Bela e a Fera), Rapunzel e Chapeuzinho vermelho, que contracenavam juntas no reino das fadas em busca do sumiço de Feiurinha, cunhada de Branca de Neve.

Foto agulha

por Josy Antunes

A convite do Ponto de Cultura Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, o fotógrafo Maurício Medeiros, atuante na arte há cerca de 20 anos, ministrou na tarde de ontem na Teia Baixada 2010 a oficina de PinHole: uma curiosa técnica de produção manual de imagens. Atendendo a 10 participantes, o encontro aconteceu ao redor de uma mesa farta de materiais de corte e colagem. Fitas adesivas pretas ou isolantes garantiriam o bom funcionamento do mecanismo que consiste na captura da luz numa pequena câmara preta. Apesar da longa trajetória fotográfica, Maurício passou a estudar e desenvolver a técnica somente há 2 anos, quando planejava levar para a rede municipal de ensino de Nova Iguaçu o projeto “Foto Escolar”, que atualmente atende 2 escolas na cidade, através do programa dos Pontinhos de Cultura.

Combustível do suingue

por Vinícius Tomás


O som do chocalho anunciava o começo do espetáculo ‘Gás Como Combustível de Luta’ do BAC, Balé Afro Contemporâneo, a companhia de dança da Casa da Cultura da Baixada Fluminense. O grupo, formado pelos bailarinos Fagner Santos, Vania Massari, Veronice Line e Jamile Bento, inicia a exibição com os corpos dos quatro bailarinos estirados no palco. Um a um eles levantam e iniciam a interação com os sons. A um grito de um bailarino, começa a forte coreografia sincronizada.

A apresentação é um “mix” de espectáculos anteriores do grupo, sempre com uma temática social. Através dele não vemos apenas o trabalho que o BAC desenvolveu, mas também os temas abordados pelo trabalho da Casa de Cultura, que escolhe um tema e é acompanhada pela Cia de dança.

Luar da Itália

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

por Yasmin Thayná


foto retirada do blog do luar

As raízes do Grupo do Ponto de Cultura Projeto Luar de Dança, que se apresentou hoje de manhã na quadra do Sesc de Nova Iguaçu, começou na década de 90 quando uma mulher guerreira e corajosa dedicou seu tempo a comunidade de Duque de Caxias. Rita Serpa foi convidada por uma Paróquia em Jardim Primavera a dar uma oficina para os moradores, que não faziam nenhuma atividade. Durante 3 meses já tinha atingido um grupo de 90 membros e viu o quanto aquele tempo que passou levando arte para todos foi importante na sua e na vida daquelas pessoas.


Santa Teresa abre suas portas para você!

por Robert Tavares


"Abra as portas, Santa Teresa. Abra o Mundo, me deixe entrar", era com essa quase súplica em tom de cantiga que minha mãe me acordava aos sábados ensolarados durante a infância. Com o passar do tempo, a tal frase foi ficando esquecida, à medida que meus pés e barbas cresciam e passei a frequentar Santa Teresa. O primeiro e tão esperado passeio de bondinho, a visita às lojinhas de artesanato, as casas que deixam clara a influência da imigração italiana e até mesmo os moradores do bairro. Tudo me causava alegria e acelerava o coração, como um misto de excitação e medo, como algo muito extremo que te coloca em uma corda bamba, onde você fica com medo e a certeza de que cairá a qualquer momento - minha queda no caso era ter que ir embora daquele bairro tão bucólico e encantador.

Respeitável atraso

por Nany Rabello

A primeira apresentação da tarde de quinta-feira, na Teia da Baixada, foi a da oficina permanente de circo da Casa do Menor São Miguel Arcanjo, de Comendador Soares. Unindo muita música e muita cor, os adolescentes que fizeram o espetáculo supreenderam a plateia com apresentações de acrobacias, monociclo, saltos e até uma participação do 'Charlie Chaplin'.

A apresentação se iniciou com um grande espetáculo em grupo sobre pernas de pau, onde os ntegrantes fizeram piruetas, ficaram em uma perna só, e até pularam corda. Um show que animou a plateia sorridente, que aplaudia animada todas as peripécias da garotada.

Malabarismo com claves não é uma coisa tão difícil de se ver por aí. Mas os dois meninos que abriram a apresentação, e os outros quatro que se juntaram a eles; conseguiram fazer com muita originalidade e descontração um show lindo e com números bastante complicados, deixando todos de queixo caido.
Logo após houve o galante Chaplin de monociclo, e duas lindas garotas, apresentando seus números e encantando ainda mais a plateia, que encarava fascinada o momento em que ele pulou com o monoclico por cima das pernas das garotas. Números inovadores e divertidos que terminaram em aplausos.

Misturando dança e acrobacias, os três casais que se apresentaram logo em seguida encantaram a plateia, que vibrava com cada giro, cada movimento; e foram seguidos por uma apresentação divertidissima de um casal de palhaços, que com suas brigas e acrobacias divertiu toda a platéia presente.

Hip Hop de improviso

por Nany Rabello e Lucas Lima

Com atraso e super esperada, a primeira oficina da Teia da Baixada 2010 começou na manhã da última quinta-feira, dia 9. Ainda com um público bem acanhado, o oficineiro e rapper Peter MC abordou na oficina de Rap e Hip-Hop temas sobre a cultura Hip-Hop, além de mostrar na prática um pouco de dança e música da mesma. Um oficina descontraida, onde break dance e até um rap improvisado sobre a Teia tiveram seu espaço garantido.

Um oficineiro jovem, bem animado e bem ocupado, Peter MC conseguiu destaque para sua carreira em um festival no Enraizados, que o indicou pro CISANE, onde está a pouco tempo, mas já faz diferença.“Sou artista e ativista. Sou agente cultural pelo Pro-Jovem, onde aplico oficinas de rap pra jovens de 15 a 17 anos pela ong CISANE. Sou militante do movimento Enraizados, que é uma organização da Baixada que trabalha dentro dessa cultura hip hop. Sou colunista do portal do Enraizados, colaborador do jornal dele. Dou palestras, debates, shows, etc.", conta.

Teia de Encantos

por Tuany Rocha

A Teia da Baixada 2010 começou em grande estilo na ultima quarta-feira, apesar da tensão e da correria que antecedeu a solenidade de abertura. Arrumação do teatro, o livro de assinaturas, os catálogos e folders - tudo foi feito em cima da hora, e com uma razoável dose de estresse. Apesar do nervosismo da equipe, o resultado da comemoração de mais uma grande conquista mostrou que todo esse trabalho está valendo a pena.

A noite de quarta foi repleta de muita cor e diversidade. Apesar do tempo chuvoso, o Espaço Cultural Silvio Monteiro ficou lotado de pessoas de toda parte e de todas as idades. Parecia mais animado que nunca, e não só pelo numero de pessoas “A Teia de Fortaleza foi ótima, é maravilhoso pensar que vamos ter essa troca de energias com as pessoas daqui, poder interagir e criar vínculos”, disse Jorge Braga, Presidente do Grupo Código em Japeri.

Camelôs de sorriso

por Larissa Leotério

Nem só de futebol será feita a alegria das crianças de Cabuçu. E quem passou pelo bairro para encher de sorrisos os rostos dos moradores foi o grupo “Off-sina”, com o projeto “Palhaço Na Rua”. O evento aconteceu no início da noite do último sábado (3), e contou com a presença de todas as faixas etárias.

O grupo de circo-teatro, que tem 22 anos de existência, contou não somente com a presença, mas participação de todo o público. Apesar do excessivo calor na Praça de Cabuçu, a noite estrelada foi o belíssimo cenário da apresentação do casal Richard Riguetti e Lílian Moraes. Utilizando a linguagem do palhaço, o casal fez com que os adultos também entrassem na brincadeira, como foi o caso de Solimar Correia, de 33 anos. “É a primeira vez que meu filho vê o circo e quem entra na brincadeira sou eu”, brinca. Com a esposa Manoela, Solimar levou o filho Samuel, de apenas 11.

O porquê das coisas

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

por Marcelle Abreu

Uma das atrações da Teia da Baixada é o grupo Código, que é de Japeri e promete mexer com o público com o espetáculo Sete Cabeças, que ocupará o palco principal do SESC amanhã, às 16h30m. Não deixe de ir, pois tenho certeza de que sairá de lá com outro olhar para a vida. Não é a primeira vez que o espetáculo é apresentado em Nova Iguaçu. "A reação das pessoas no Encontrarte foi muito boa", lembra o diretor Bruno Medsta. “As pessoas se viam, quando não estavam rindo e apontando para o amigo do lado”.

Sete Cabeças conta a história dos sete pecados. Só que Bruno, o diretor da peça, queria diferenciar e preferiu privilegiar a questão filosófica em detrimento da religiosa. "Gosto de questionar o porquê das coisas", conta o diretor, que sempre se pergunta se as pessoas são julgadas erradas são mesmo erradas. "Será que outra pessoa naquela situação teria outra atitude? Será que não é nosso modo de enxergar as coisas que está errado?" O espetáculo tenta responder esses questionamentos.

Bando de cozinheiras

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

por Luiz Gabriel


Todas as formas de violência são abordadas no espetáculo “Guerra dos Canudos”, dirigido por Renato Penco. Livremente inspirado no livro “Os Sertões”, de Euclydes da Cunha, a peça é uma sátira ao livro e ao fato histórico que deu origem a esse que é um dos maiores clássicos da literatura brasileira. O espetáculo é uma das 24 atrações da Teia da Baixada, que ocupará o teatro e a quadra do Sesc Nova Iguaçu ao longo dos dias 9 e 10 de setembro. A apresentação será no dia 9, às 16h.

Aqui, Antônio Conselheiro vira Antônia Cozinheira e lidera uma grande revolução, fazendo as mulheres da cidade concordarem com suas ideias de liberdade e independência através dos estudos. A palavra Canudo aparece como a metáfora do conhecimento e da liberdade de pensamento. O espetáculo é uma tragicomédia, onde o público é levado a refletir sobre as conquistas e direitos da mulher brasileira, sem perder o humor e a irreverência, uma marca do Grupo Cochicho. “Queremos levar as mulheres à reflexão e saírem do espetáculo com a tal pulguinha atrás da orelha”, afirma o diretor Renato Penco.

Saia do armário você também

por Jefferson Loyola

A primeira semana da diversidade, organizada pelo grupo 28 de junho, que ocorreu durante os dias 31 de agosto e 01,02,03 e 04 de setembro, encerrou-se neste ultimo sábado em parceria com o Cineclube Buraco do Getúlio com a temática gay, onde juntos comemorarão este grande avanço para a cultura do município de Nova Iguaçu. “Já era um desejo da equipe do Cineclube Buraco do Getúlio fazer uma sessão com esta temática desde o ano passado”, disse Diego Bion, criador do cineclube junto com Fabiano Mixo.

“O buraco funciona mais ou menos com 60 minutos de projeção”, contou Bion, que faz a curadoria dos filmes que são exibidos em todas as sessões. Porém nesta sessão que estava inclusa na semana da diversidade, parte dos curtas foram escolhidos por Paullo Vieira, diretor de comunicação e cultura do Grupo 28 de junho, e por Bion, responsável pela curadoria do cineclube. “Paulinho me enviou quatro filmes, porém dois deles tinham mais de 20 minutos, e não é uma coisa que o cineclube exibe, filmes muito longo, então trocamos estes dois e acrescentamos o “Alguma coisa sim” de Esmir filho, que é um diretor que sempre exibimos curtas dele aqui”, contou.

Coisa de maluco

por Felipe Branco

Em recesso para a prestação de contas exigida pelo Ministério da Cultura, o pontinho de cultura da ONG Meduca retomou suas atividades para ensaiar a dança gospel que apresentará na Teia Baixada 2010, no Sesc de Nova Iguaçu, no próximo dia 10, às 15h.

A ong é comandada pela irmã Cecília Onofre, para quem o último semestre foi muito produtivo, embora ela se ressinta de instrumentos de avaliação e outros detalhes administrativos para o próximo período de atividades. "O projeto Dança Gospel tem por objetivo difundir a cultura gospel, mostrando que crentes não são aculturados".

Aleija, mas não mata

por Vinícius Tomás

Muito tem se falado sobre a tecnologia 3D no cinema. Avatar, o gigantesco sucesso de bilheteria, tinha como principal atrativo uma nova experiência na sala de exibição através do revolucionário 3d estereoscópico. Profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos eram perceptíveis na tela, perdendo o efeito “chapado” que a tela comum dá à imagem e criando uma impressão de imersão no filme. A sensação é de que a ação se desenrola na frente do espectador. O 3d não é uma tecnologia nova , apenas foi levado a um novo patamar em Avatar, com extrema fluidez e riqueza de detalhes. Nem são novas as tentativas de se criar diferentes experiências em cinema.

Fui convidado a escrever uma crítica do filme 400 contra 1 – Uma Historia do Crime Organizado, filme que conta o início do que hoje se conhece como Comando Vermelho. E a oportunidade para assisti-lo surgiu. Era uma sessão de cinema inusitada. A sala de exibição era a carceragem da Polinter, em Nova Iguaçu. O público era formado por cerca de 200 presos “filiados” ao Comando Vermelho. Eu estava embarcando na mais intensa experiência em cinema que eu poderia ter.

Reta final

terça-feira, 7 de setembro de 2010

por Tuany Rocha


“Estamos na reta final”, diz o coordenador executivo Egeu Laus em todos os emails de divulgação das reuniões Pré-Teia realizadas nos dias 26/08 e 28/08. Esses dois encontros fizeram os últimos ajustes para o início do evento que reunirá os pontinhos, pontos e pontões de cultura da Baixada.

Durante esse período de preparação na sala multiuso do SESC de Nova Iguaçu, os assuntos em pauta foram o local das refeições, exibições de vídeos, realização de oficinas e apresentações, além do tempo estimado para cada uma das intervenções. Também houve uma reunião de lideranças dos pontos de cultura em que cada uma delas levou uma relação de três nomes dos delegados para o fórum dos pontos da Baixada.

Homossexualismo, a Bíblia não condena

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

por Jefferson Loyola

Ás 19 horas de sexta-feira, 03 de setembro, a movimentação no pátio do Sylvio Monteiro já era intensa. Estava sendo o penúltimo dia da semana da diversidade e haveria a apresentação do espetáculo teatral “Vidas diversas”, umas das peças mais comentadas dentro da comunidade LGBT, da igreja cristã contemporânea. O espetáculo teatral recebeu uma moção do Instituto Arco-irís de Direitos Humanos como forte instrumento de combate à homofobia religiosa. A peça aborda a história de dois amigos gays que se reencontram depois de anos e trocam experiências sobre temas polêmicos como intolerância religiosa, relações homoafetivas e autoaceitação. O evento foi realizado pelo Grupo 28 de junho, incentivando a cultura LGBT no município de Nova Iguaçu entre os dias 31 de agosto e 4 de setembro.

Amor entre amigas

sábado, 4 de setembro de 2010

por Jefferson Loyola


O Espaço Cultural Sylvio Monteiro sediou quarta-feira, 01 de setembro, o primeiro dia com apresentação de espetáculo teatral da primeira semana da diversidade em Nova Iguaçu. Realizado pelo Grupo 28 de junho, a semana da diversidade tem como finalidade incentivar a cultura LGBT dentro do município de Nova Iguaçu e mostrar que as pessoas homossexuais não vivem apenas de paradas gays. O espetáculo iniciou às 19 horas, e mesmo com pouco movimento e publico, pode-se considerar um grande avanço para a cultura de Nova Iguaçu. “Infelizmente a comunidade LGBT ainda não sabe que podemos modificar o preconceito através da cultura, mas mesmo assim, mesmo não lotando, é um trabalho de formiguinha que irá crescendo a cada ano”, afirmou Paullo Vieira, diretor de comunicação e cultura do grupo organizador do evento.

A peça é apresentada pela Cia. de Teatro Andréia Furtado. Fundada há sete anos, desde a sua primeira apresentação em 2003, ela vem solidificando seu trabalho teatral em Nova Iguaçu a partir de quase 200 espetáculos já apresentados, nestes anos de caminhada. “Lábios de Preconceito”, espetáculo que foi apresentado no dia, é escrito e dirigido por Pedro Hernesto, além de ele também ser um dos atores da peça. “Este é o primeiro espetáculo adulto nosso", disse Pedro Hernesto, diretor, roteirista e ator de dois personagens na peça. A peça se passa toda dentro de um apartamento, o que limita um pouco a história, mas os atores conseguem desenvolver bem o tema e a questão proposta apenas em um cômodo.

Conversa informal

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

por Jefferson Loyola


Uma conversa informal com Paullo Vieira, diretor de comunicação do grupo 28 de junho. Exatamente no caminho de casa, andando pelas ruas de Nova Iguaçu, caminhamos e batemos um papo informal em relação à sua vida e a escolha dos filmes que foram exibidos nesta semana da diversidade, dias 31/08 e 02/09. Para quem não se lembra os filmes exibidos foram: “Garota Interrompida”, “Uma família bem diferente”, “Todas as cores do amor”, “Transamérica”, “Confidencial”, “Projeto lamarie”, “Matadores de vampiras lésbicas”, “A nada maravilhosa vida social de Ethan Green”, “Fosse o mundo meu” e “Eclipse de uma paixão”.

Paulinho começou a trabalhar como coreógrafo em um grupo de dança, um grupo de colégio. Devido a este seu primeiro trabalho, começou a trabalhar em projetos culturais. Logo após, com 23 anos, começou a fazer teatro e trabalhar como ator. “Como tava difícil a carreira como ator, pensei em largar, e na semana que eu tive este pensamento, fui chamado para trabalhar no Espaço de Cultura Sylvio Monteiro, como técnico”, disse. Mesmo o trabalho não sendo nada parecido com atuação em teatro ou bailarino, ele se dedicou ao trabalho e está no Sylvio Monteiro, um de seus trabalhos atuais, há cinco anos. “No decorrer da vida, nós trabalhamos com tudo, inclusive sendo no teatro. Então além de técnico, eu sei desenhar figurino, montar cenário, criar cenário, dirigir espetáculo, além de atuar, sonoplastia, e muito mais”, afirmou ele, dizendo que se o artista não aprende a fazer tudo, ele morre de fome.

Certidão iguaçuana

por Larissa Leotério

“As novas gerações precisam entrar em contato com os antigos heróis da cultura da Baixada Fluminense”, declara Fábio Branco. O professor de História é o idealizador e realizador do curta-metragem documentário “Casa da Pantera”. Em 20 minutos, o curta conta a história do bar “Casa da Pantera”, e a produção cultural, política e musical deste bar que agregava militantes culturais do final da década de 70 ao início da década de 80 e que foi palco das mais diversas manifestações políticas e culturais, lançamentos de livros, composições musicais e poéticas.

Um canto pela liberdade

por Nany Rabello

Na primeira vez naquele lugar, não houve contato com eles. Eles são uma daquelas coisas que todo mundo sabe que existe, mas ninguém pode realmente dizer que viu. É quase uma lenda urbana. Até porque é como eles dizem no filme 400 contra um, exibido na última sexta-feira na Carceragem de Nova Iguaçu na estreia do projeto entre a SEMCTUR e a 52 DP: o Comando Vermelho não é uma Facção, é um comportamento.

Democracia cultural

por Renato Acácio

É com muita emoção que os produtores culturais e artistas do município de Nova Iguaçu comemoram: estão abertas as inscrições para a segunda edição do edital do Fundo de Cultura Municipal Escritor Antônio Fraga! O fundo, que beneficiou na sua primeira edição 38 grupos, dos quais muitos já foram executados e com 48% de contas prestadas, é hoje uma referência nacional em política cultural no país. Fruto de muitos anos de luta protagonizada pelos agentes culturais da cidade, o edital se consolida na sua segunda edição como uma política democrática e vitoriosa para a cidade de Nova Iguaçu.

Dinheiro não compra felicidade

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

por Luciana Baroni


Nascida no seio de uma família rica e muito conhecida da cidade de Nova Iguaçu, Sandra Baroni Rolo teve que carregar o peso do nome do empresário Carlos Marques Rolo, criador da empresa de ônibus Evanil, e Gioconda Baroni, filha de um dos maiores exportadores de laranja da cidade.

Além das festas que seus pais davam com frequência para a alta sociedade iguaçuana, Sandra Rollo tinha carros importados e todo o glamour proporcionado pelo dinheiro num momento em que a cidade era muito mais pobre do que hoje. "Isso fez com que as pessoas me vissem de uma maneira como nunca fui", conta a hoje relações-públicas da SEMCTUR. Todas as pessoas que não se deixaram intimidar pelas aparências e se aproximaram viram que se tratava de uma pessoa simples. "Sempre me dei bem com todo o mundo, sem descriminação e sem títulos de nobreza."

Desfile da família

por Hosana Souza

Todo brasileiro adora um feriado, não podemos negar. As datas são extremamente aguardadas e com a proximidade do feriadão de 7 de setembro já percebemos as ruas com aquele ar de ansiedade. Os feriados em geral funcionam como uma folga, uma válvula de escape para o estresse do dia-a-dia. Entretanto, o Dia da Pátria tem uma tradição diferente.

Mundo do vinil

por Fernando Fonseca


Na pressa do dias atuais, nos vemos obrigados a correr contra o tempo, desenhando velozmente rotas com nossos passos. Sem prestarmos muita atenção no universo de possibilidades que se apresenta ao nosso redor, somos movidos pela constante ausência de tempo. Cores, pessoas, formas e coisas que nos passam despercebidos... Coisas mágicas, eu digo!

Dentre essas coisas mágicas ignoradas por nós, encontra-se ‘Carioca’, um senhor aposentado, que trabalha como vendedor de LPs há mais de 40 anos, que se idenfitica tanto com o apelido que prefere não revelar seu nome. Como dizem, todo herói prefere manter sua identidade em segredo.

Museu para os deuses da floresta

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

por Abrahão Andrade


Uma noite de muito axé para Cabuçu. Foi assim a inauguração do Instituto de Pesquisas Afro-cultural Odé Gbomi, que ostenta a alcunha de ser o primeiro museu totalmente afro do Rio de janeiro, de acordo com os registros em catálogos. O evento aconteceu no dia 28 de agosto, em Valverde, um lugar que além da carência de recursos básicos de urbanização, ainda é pobre em eventos artísticos de qualquer porte. As festividades se deram sob o ritmo do forró, na área externa, que chamou a população para fazer parte daquela grande cerimônia.

Ao entrar no espaço, nota-se a riqueza de detalhes dos ornamentos africanos. Tanto detalhe leva o convidado a um olhar mais apurado para os contornos das obras e tótens africanos. Para aquela noite, foi posta uma belíssima e majestosa mesa de frutas diversas, que caracteriza a comunhão com a natureza, a principal característica das religiões africanas. Trajes coloridos e imponentes de homens e mulheres davam apenas alguns exemplos da beleza da nossa cultura ancestral.

A la Hijos de Cida

por Josy Antunes
Enquanto o Renato comia miojo, eu resolvi filmar”, simplifica o estudante de letras Leonardo Guimarães, de 21 anos, que, inconscientemente, iniciava o curta-metragem “Macarrones Instantáneos”, que já ultrapassa os 300 acessos no YouTube. O filme, de 10 minutos, conta a história de um personagem que quase abdica de sua própria existência em função de sua paixão maior: os macarrõezinhos instantâneos que ficam prontos em 3 minutos. O “viciado em miojo” é interpretado por Renato Acácio, estudante de cinema da UFF – Universidade Federal Fluminense – e um dos integrantes da banda Hijos de Cida, dos quais Leonardo e Lívia Brito, 22 anos, também participam. “A gente tá sempre se gravando imitando os outros ou inventando personagens por pura falta do que fazer, o que de fato é o que o filme é. Temos um termo quando perguntam como é o som da nossa banda. Respondemos que é "a la caralho", que significa mais ou menos essa coisa de sair fazendo sem muito requinte, pretensão ou preocupação. Nos juntamos pra beber, tocar e se divertir. Acho que o filme é meio assim, embora estivéssemos sóbrios”, explica Renato, que há cerca de 6 meses assina reportagens para o culturani.blogspot.com. 

Por trás da Parada Gay

por Hosana Souza e Jefferson Loyola

Neste último domingo, 29, milhares de pessoas fizeram uma grande festa na Via Light durante a 8º Parada do Orgulho LGBT. Por trás do evento, está o combativo grupo 28 de Junho, um dos maiores grupos de militância contra a homofobia de Nova Iguaçu.

O grupo, que está completando 16 anos de luta pela cidadania LGBT, foi batizado dessa forma para homenagear o dia mundial da dignidade homossexual. “Somos uma organização não governamental apartidária. Não temos fins lucrativos e buscamos a união e a valorização da comunidade LGBT”, explica Geovani Barbosa de Lima, presidente do Grupo 28 de Junho. “Atuamos na promoção dos direitos humanos e na prevenção ao DST/AIDS”, completa.

Por dentro da UFRJ

por Hosana Souza

A adolescência - uma das milhões de fases complicadas na vida do ser humano - caracteriza-se, também, pela indecisão. Foi pensando nisso que as escolas e universidades começaram a temporada de apresentação de cursos e oportunidades aos vestibulandos do Estado do Rio de Janeiro.

 
 
 
 
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