Respeitável atraso

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

por Nany Rabello

A primeira apresentação da tarde de quinta-feira, na Teia da Baixada, foi a da oficina permanente de circo da Casa do Menor São Miguel Arcanjo, de Comendador Soares. Unindo muita música e muita cor, os adolescentes que fizeram o espetáculo supreenderam a plateia com apresentações de acrobacias, monociclo, saltos e até uma participação do 'Charlie Chaplin'.

A apresentação se iniciou com um grande espetáculo em grupo sobre pernas de pau, onde os ntegrantes fizeram piruetas, ficaram em uma perna só, e até pularam corda. Um show que animou a plateia sorridente, que aplaudia animada todas as peripécias da garotada.

Malabarismo com claves não é uma coisa tão difícil de se ver por aí. Mas os dois meninos que abriram a apresentação, e os outros quatro que se juntaram a eles; conseguiram fazer com muita originalidade e descontração um show lindo e com números bastante complicados, deixando todos de queixo caido.
Logo após houve o galante Chaplin de monociclo, e duas lindas garotas, apresentando seus números e encantando ainda mais a plateia, que encarava fascinada o momento em que ele pulou com o monoclico por cima das pernas das garotas. Números inovadores e divertidos que terminaram em aplausos.

Misturando dança e acrobacias, os três casais que se apresentaram logo em seguida encantaram a plateia, que vibrava com cada giro, cada movimento; e foram seguidos por uma apresentação divertidissima de um casal de palhaços, que com suas brigas e acrobacias divertiu toda a platéia presente.

Um número que, além de difícil exige grande força física, envolveu três rapazes apoiando uma garotinha, que apesar de parecer jovem e frágil, mostrou grande força, concentração e habilidade, executando movimentos aéreos, muitos saltos e terminou a apresentação sob muitos aplausos.

A apresentação do grupo terminou com uma séria de saltos, feitos com impulso em uma cama elatica, por cima de uma barreira, ou de outros componentos do grupo, ou por cima das duas coisas. Enquanto até a plateia marcava o ritmo com palmas, o grupo terminou sua apresentação lindíssima, uma das mais esperadas da tarde.

Esperada, sim, pois apesar de estar prevista para as duas da tarde, a apresentação começou com mais de meia hora de atraso, mas foi muito bem recebida pelo respeitavel público presente, e encheu de orgulho a coordenadora do projeto, Vânia Santos, especialista em acrobacias, formada pela Escola Nacional de Circo.
A Oficina Permanente de Circo começou em 2005 como Pontão de cultura e com o apoio do Criança Esperança, mas como eles perderam o prazo para a renovação do projeto, ele parou no inicio de 2007 e só pôde continuar no final de 2008, com o apoio da Casa Do Menos São Miguel Arcanjo, onde ela é realizada atualmente.

Os jovens que participam da oficina são os jovens da comunidade e os já pertencentes à Casa do Menor, mas a oficina está aberta a todos. Ela dura em média dois anos, embora alguns jovens já estejam lá há quase quatro. Aqueles que se formam na oficina geralmente ficam como monitores dos que estão chegando agora, mas outros saem para trabalhar em circos e encantar muitos outros públicos.

"É importate estar aqui. As pessoas passam a conhecer o trabalho, e os meninos passam a conhecer outras instituições, outrs jovens como eles", diz Vânia. E, por que não, o reconhecimento por seus trabalho também é importante. Afinal, são jovens que treinaram arduamente por anos para produzir um belo espetáculo e agradar seu respeitável público. E conseguiram. Palmas para eles!

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