Hip Hop de improviso

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

por Nany Rabello e Lucas Lima

Com atraso e super esperada, a primeira oficina da Teia da Baixada 2010 começou na manhã da última quinta-feira, dia 9. Ainda com um público bem acanhado, o oficineiro e rapper Peter MC abordou na oficina de Rap e Hip-Hop temas sobre a cultura Hip-Hop, além de mostrar na prática um pouco de dança e música da mesma. Um oficina descontraida, onde break dance e até um rap improvisado sobre a Teia tiveram seu espaço garantido.

Um oficineiro jovem, bem animado e bem ocupado, Peter MC conseguiu destaque para sua carreira em um festival no Enraizados, que o indicou pro CISANE, onde está a pouco tempo, mas já faz diferença.“Sou artista e ativista. Sou agente cultural pelo Pro-Jovem, onde aplico oficinas de rap pra jovens de 15 a 17 anos pela ong CISANE. Sou militante do movimento Enraizados, que é uma organização da Baixada que trabalha dentro dessa cultura hip hop. Sou colunista do portal do Enraizados, colaborador do jornal dele. Dou palestras, debates, shows, etc.", conta.

Apesar do clima descontraido, a oficina quase não aconteceu. O CISANE é um ponto de cultura que está paricipando da TEIA da Baixada, e está sempre por dentro de tudo que acontece na área cultural de Nova Iguaçu, mas apesar da oficina já estar agendada o próprio oficineiro só foi avisado no dia, e se chateou, pois não pode avisar no seu blog, que tem cerca de 200 acessos diários, sobre sua oficina. Problemas à parte, tudo aconteceu como deveria.

Mas nem tudo começou como deveria para o Rapper Peter, que confessa que não gostava de hip Hpo a alguns anos atras. Curtia Rock e era skatista, totalmente diferente do que é agora. "Amigos me deram um CD de hip hop para ouvir,e era até um grupo gospel.Ai gostei. Eu comecei a fazer um som e os amigos disseram que eu levava jeito, eu achei até engraçado, depois comecei a escrever e até eu vi que sabia escrever!", conta.

E Peter confessa que o Hip hop mudou sua vida."Me sinto um multiplicador. Eu fiz besteira e aprontei, mas hoje aprendi. Hoje os moleques me olham e querem muito mais ser como o Peter MC do que o cara que ta na esquina traficando.”, diz ele, que está sempre preparado para improvisar. "Não tem como passar uma oficina de uma ou duas horas ensinando o rap. Funciona mais como uma palestra que serve para mostrar um pouco da cultura hip hop."

A ONG CISANE trabalha também com o Projovem, e assuntos que são da realidade dos jovens. São debates, troca de idéias e experiencia, onde o Peter MC sempre está presente. "Com tudo isso, acabamos nos expressando nos raps. Nas minhas oficinas os raps são feitos de maneira totalmente colaborativa. Eu só me meto para ajudar, eles mesmos escrevem os versos, do jeito deles.", conta.
Além da oficina o Rapper também participou da batalha de Hip Hop que acontecu na noite da mesma quinta-feira, com o grupo enraizados, que foi a atração amis esperado do primeiro dia dos grandes eventos da TEIA na quadra do SESC.

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