Multiplicação dos pontinhos

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

por Hosana Souza

Há nove anos, a comunidade de Corumbá se organizou para tornar pública sua indignação com o poder público, pois seus moradores sequer contavam com uma escola municipal para alfabetizar suas crianças. “Organizamos manifestações, abaixo-assinados, levantamos a bandeira que infelizmente está estendida até hoje, já que a prefeitura ainda não resolveu essa situação”, conta Ezequias Alcântara. “Nesse mesmo período, então, criamos turmas de alfabetização, e também, projetos de incentivo aos jovens que eram analfabetos funcionais”, completa. Essa é a origem da Fundação Pé de Moleque, que hoje gerencia pontinhos de cultura nas escolas municipais de segundo segmento.

Marketing ambulante

por Michele Ribeiro e Wanderson Duque

Há pouco tempo, mercadorias expostas pelos vendedores ambulantes eram sinônimo de qualidade duvidosa e risco para os eletrodomésticos, além, é claro , de virem embaladas com o rótulo de atividade criminosa. Nem todos esses fatores sofreram maiores alterações. Tampouco a mudança na concepção das pessoas que ainda acreditam se tratar de uma atividade que alimenta o crime organizado. Mas a sofisticação dos meios de produção, compra e comercialização acabou chegando nesse nosso conhecido "comércio alternativo".

Vendedores ambulantes – mais conhecidos como camelôs - vêm se utilizando de diversas tecnologias que facilitam a compra e revenda de suas mercadorias. "Dvds,Cds, tênis, chinelos, roupas. Tenho mercadoria para todos os gostos", diz "X", que prefere não se identificar. As possibilidades, segundo ele, são inúmeras. "Tem comprador, conhecido meu ou de algum outro amigo, a quem faço até financiamento, acredita?".


Quintal Chic

por Josy Antunes / Foto: Mariane Dias

De quintal a espaço cultural: a história do nº 739, da rua Manoel da Silva Falcão, bairro Califórnia, poderia ser sintetizada assim. Em letras garrafais e coloridas, a frase permitiria visualizar todos os caminhos, escolhas, planos e pessoas que permeiam a trajetória do Na Encolha, para assim revelar o local que, só de forma oficializada, tem 3 anos de existência. “A minha casa sempre foi um encontro de loucos”, afirma Rafael Soares, o Nike – apelido que ganhou aos 15 anos, ainda na escola –, retratando-se em seguida: “Era encontro de loucos enquanto ninguém se entendia como artista”.

 
 
 
 
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