Sem regras e exceções

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

por Juliana Schiffler e Mayara Freire


Amigos reunidos, bebendo cerveja numa mesa de bar, com o desejo de compartilhar suas ideias. Foi assim que surgiram grupos de poesias na Baixada Fluminense, como o Gambiarra Profana, de Belford Roxo, e Compulsores de Partida, de Duque de Caxias. Sérgio Salles Oigers, 33, criou a zine “Gambiarra Profana” em Belford Roxo, com o objetivo de produzir textos e expor o que era criado. Já Tubarão, Ricardo Villa Verde e Gordack mantêm o funcionamento do Compulsores com alguns encontros regados a cerveja gelada, churrasco e boa conversa, que lançam sempre no final de cada mês uma publicação de seus poemas, também com um zine. Com criações conjuntas ou individuais, essas reuniões de cada grupo têm um objetivo: produzir arte.

Alívio mortal

por Wanderson Duke

O mês de fevereiro trouxe alívio para os fãs da banda estadunidense de rock alternativo Dead Weather. É que Jack White, baterista, guitarrista da banda White Stripes e, ocasionalmente, vocalista da grupo, afirmou que o grupo está terminando de gravar as duas últimas músicas novo álbum do quarteto, que contará com a participação vocal do baterista.


Conforme disse em entrevista a uma rádio australiana, o novo cd ainda não tem nome mas deve ser lançado até abril. “Ainda não temos um nome central, mas estamos a todo vapor na fase de finalização do projeto”, explica White. O novo trabalho promete ser mais pesado que o anterior, Horehound, lançado em 2009.

O quarteto, que inclui a cantora Alison Mosshart (do The Kills ), o baixista Jack Lawrence (Raconteurs) e o guitarrista e tecladista Dean Fertita (Queens of the Stone Age), está trabalhando no álbum desde o segundo semestre do ano passado. Em 2010, além do novo disco, o grupo integra o line-up do festival Coachella, nos Estados Unidos.

Viciados em primavera

Texto por Jefferson Loyola // Fotos Robert Schwenk


Um canto de amor e liberdade - assim pode ser definido o musical “O despertar da primavera (Spring Awakening, no original)”, que ficou em cartaz no teatro Villa-Lobos, em Copacabana, do dia 21 de agosto de 2009 a 31 de janeiro último. Hordas de jovens superlotaram as seis apresentações semanais para acompanhar o rosário de temas tabus abordados no drama escrito em 1891 pelo dramaturgo alemão Frank Wedkind e transformado em um musical pelas mãos competentes de Steven Sater e Duncan Sheik: descoberta da sexualidade, a repressão sofrida pelos jovens no colégio e na sua família, o suicídio, as hesitações do corpo e prostituição.

O musical fez sua estreia mundial na Broadway em 2006 e, para surpresa de seus produtores, teve 11 indicações ao prêmio Tony, dos quais saiu vencedor em oito categorias, incluindo as mais importantes: melhores música e letra, melhor texto e melhor musical. O espetáculo foi montado em diversos países antes de chegar ao Rio de Janeiro, dirigido pela dupla Cláudio Botelho e Charles Moeller. “É incrível um espetáculo criado há mais de cem anos, e hoje encenado, ainda haver os mesmos tabus daquela época”, diz Camila Moraes, relembrando a cena em que os personagens Ernst e Haschen descobrem a sexualidade, aprendendo cada parte de seus corpos, juntos.

 
 
 
 
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