Sem tempo ruim

sábado, 17 de abril de 2010

por Vinicius Tomas

Crítica Recife Frio


Em tempos de mudanças climáticas, existe o temor da perda de hábitos e prazeres relacionados aonde se vive. Como o calor excessivo, que tira o prazer de se tomar um cafezinho, ou dias de chuvas tão fortes que impedem o exercício do direito de ir e vir, como recentemente aconteceu no Rio de janeiro. São situações isoladas: nem todo dia chove ou faz um calor absurdo. Mas o filme "Recife Frio" é uma visão de uma mudança radical, permanente e isolada de clima na capital de Pernambuco. Uma cidade que não sabia o que era frio passa a conviver com chuvas constantes e clima europeu após a queda de um meteorito. Em uma inteligente narrativa o diretor e roteirista Kleber Mendonça Filho conta a historia como um documentário de uma TV argentina que vem para analisar os efeitos da inusitada situação, questionando sobre como o repentino frio afeta a vida dos moradores.

Um presente de natal

por Fernando Fonseca / Vídeo: Josy Antunes


Crítica Rendez-vous

Natal, um pássaro enjaulado e muitos cigarros: assim é o cotidiano de um Papai Noel solitário, personagem principal do curta metragem 'Rendez-vous'. Seguindo uma vida rotineira, repleta de solidão e álcool, o Papai Noel vê sua vida mudar em uma tarde nada convencional, na qual recebe uma visita de sua amiga e vizinha.

Embalado pelos sons e símbolos natalinos que mantêm viva a memória de sua esposa, há anos falecida, e aproveitando de mais uma tarde na companhia de seu animal de estimação, o velho personagem de cabelos grisalhos recebe a visita de uma amiga, que, após anos, resolve ir visitá-lo com um prato de rabanadas. À primeira vista, uma simples visita a um senhor esquecido por muitos e há muito. Ou, se olhada de outro ângulo, a oportunidade perfeita de renovação.

A Saudade é um Filme Sem Fim

por Dannis Heringer
Quando o Diretor Rafael Almeida foi chamado para o IGUACINE ficou surpreso e bastante feliz, "Não conhecia o Rio de Janeiro, e cai diretamente na Baixada Fluminense, tô adorando, uma experiência formidável". Após seu curta monstrado na amostra competitiva, Rafael de Almeida, conta um pouco como foi sua expectativa sobre seu filme.

O curta conta sobre experiências que ele teve, sendo que de uma forma indireta, não usando de quaisquer forma imagens, videos, que sejam dele ou de sua familia "Na verdade é um curta experimental, conto histórias de outras familias focando em outras experiências que já tive". conta Rafael. As imagens exibidas no curta são de arquivo e de origem desconhecida.

Sensibilidade e atenção

por Larissa Leotério

Crítica A infância de Margot

Provavelmente um dos mais belos filmes exibidos na segunda sessão da Mostra Competitiva Nacional do Iguacine 2010 foi "A Infância de Margot", de Bruno de Oliveira. E mesmo assim, talvez por não ter sido compreendido pelo público, não foi aplaudido. As pessoas não souberam se o filme tinha terminado, ficaram esperando os créditos e se iniciou outro curta.


Numa boa

por Lívia Pereira

Crítica Cheirosa
 

O curta Cheirosa, de Carlos Segundo, foi exibido neste dia 17 de abril de 2010, na Mostra Competitiva do Iguacine. "Era pra ser uma experiência com um adaptador de lentes barato comprado em BH", conta o diretor, que hoje vê sua produção emplacar seu sétimo festival de cinema.

A história mostra a personagem, vivida por Valéria Gianechini, em uma perspectiva de uma mulher que não se deixa aborrecer nem por cantada barata no trânsito. Pelo contrário, a personagem dirige sua Brasília, troca seu pneu e leva numa boa a investida do motoqueiro que encontra pela rua. Mostra-se uma mulher moderna, que vive em meio a seus retoques de maquiagem em pleno trânsito da cidade, que encara a vida, em meio à fumaça, da maneira mais cheirosa possível.

O filme foi feito com poucos recursos. "É isso que o cinema faz através das ideias simples", ele comenta, referindo-se ao muito que pode ser feito diante do tempo "que nem sempre é hábil", à falta de recursos e à habilidade em transformar ideias em algo palpável, que se possa apresentar a um público e ver refletidas nele diversas interpretações de uma ideia inicial  que se mostrou hoje através do III Iguacine.

Bom até embaixo dágua

por Vinícius Tomas


Crítica Élliaoff


Na tragédia Hamlet, de Shakespere, a personagem de Ofélia morre afogada, em um aparente suicídio. Hoje, na segunda sessão da Mostra Competitiva Nacional, foi exibido "Élliaoff". É um retrato lírico da morte de Ofélia em curtíssimos dois minutos. O filme, dirigido em conjunto por Cecília Retamoza, que atua como Ofélia, Mariah Benaglia e Suellen Brito, responsáveis também pela fotografia, mostra um balé de morte imerso na água. A bela fotografia foca em closes do rosto e partes do corpo de Ofélia, frágil e belo como descrito na peça, e leva a dúvida presente em Hamlet: é uma dança ou um afogamento, um suicídio ou um acidente? Junte a isso a etérea trilha sonora de Erick de Almeida e se tem um belo curta que vai agradar os fãs de Shakespeare. Mas faz falta uma introdução a história, pois o curta se torna restrito aos já iniciados em Hamlet. Sobre a duração do filme, aí vai uma pergunta: quanto tempo é possível ficar sem respirar embaixo d'agua?


Assista o filme :  http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=9640

Caos urbano

por Michele Ribeiro

Crítica Pólis


Dirigido por Marcos Pimentel, com roteiro de Ivan Morales Jr e Marcos Pimentel e produzido por Luana Melgaço, Pólis foi um dos filmes apresentados na segunda sessão da Competitiva Nacional do III Iguacine, nesta tarde-noite de sábado.

Sobe, Sofia

por Robert Tavares


 O segundo filme exibido na sessão das 18h da Mostra Competitiva Nacional foi "Sobe, Sofia", dirigido por André Mielnik e Flora Diegues. A história narra a solidão de Sofia (personagem de Julia Stolker), uma jovem de classe média que, cansada de sua rotina, solidão e vazio existencial, conhece um usuário de drogas. O final do filme fica em aberto, e não conta se Sofia se rendeu ou não às drogas.

"Sobe, Sofia" participou do Curta cinema 2009 - Festival Internacional de curtas do Rio de Janeiro, além de ter participado de outros 11 festivais, incluindo um onde Julia recebeu o prêmio de melhor atriz. O curta-metragem tem duração de 15 minutos e seu teaser pode ser visto aqui:

Organização das cidades

por Wanderson Duque


Crítica Pólis

O termo “Pólis” designa a forma de organização coletiva das antigas cidades gregas, desde o período arcaico até o período clássico. Em contraponto a tal organização destas cidades, Marcos Pimentel nos descortina a insólita cidade construtível-destrutível habitada pelos seres humanos.

Vivendo em constantes fases de aperfeiçoamento, em uma linha contínua de destruição-restauração. Cenas que proporcionam uma reflexão bipolar do foco primordial do diretor, não deixam por se passarem em branco. Fica fácil identificar uma comparação cômica, que também não deixa de ser provocativa: cenas de animais e de seres humanos cuidando de suas aparências. Uma mostra simples do envolvimento social entra animais e seus donos que não fica tão claro assim.

Organização, ações e de costumes são captadas com demasiado ímpeto por Marcos Pimentel. O espectador pode, em algum dos diversos pontos culminantes do filme, participar de alguns dos milhares de personagens que emergem da cidade. Como os trabalhadores na estação ferroviária esperando sua condução ou, quem sabe, o operário que acorda cedo para realizar renovações na imensa pólis urbana.

Um filme provocativo, realista, mas que peca por sua longa duração, mesmo para um curta-metragem. Indo direto ao ponto.

(In) sanidade

por Joaquim Tavares



Crítica Vozes

Quem nunca se fez perguntas sobre a vida e a sua essência? De onde viemos? Para onde vamos? Qual a verdadeira razão para nossa existência ?

Porém, ninguém consegue achar as respostas para todas essas perguntas e isso é normal... ou não? O que é normal? Para que ser normal? Quem define a normalidade?

O curta 'Vozes' retrata essa vida de dúvidas e indagações vividas por pessoas com transtornos psiquiátricos diversos.

Eu queria ser meu pai

por Luiz Gabriel


Crítica Eu queria ser um monstro

Na animação “Eu queria ser um monstro”, podem-se constatar alguns hábitos típicos de uma criança, como, por exemplo, não gostar de tomar banho e uma imaginação extremamente fértil. O filme mostra o cotidiano de uma criança de Nilópolis, Baixada Fluminense, com bronquite.

O filme é uma declaração de amor do consagrado animador cultural Marcelo Marão, um dos grandes homenageados do III Iguacine, ao universo das crianças.


A obra é uma animação manual,feita por bonecos de massa de modelar, com arame por dentro e látex.

Seus aspectos positivos são a valorização da familia, a forma artesanal como o cenário foi feito e a precisão dos efeitos.

E o negativo é a dublagem, que deixa um pouco a desejar.

É um curta metragem infantil, que contagia os espectadores.


No final do filme, ele pensa e vê que realmente ele não quer ser como antes (um monstro com várias formas) e sim ser como seu ídolo: seu pai.

Vinte minutos de autonomia

por Joaquim Tavares


Crítica Brincantes

Que coisa maravilhosa é a brincadeira, ainda mais quando é vista pelos olhos da criança. É disso que fala o curta 'Brincantes', dirigido por Nélio Spréa e Elisandro Dalcin.

Sonho em verde e vermelho

por Mayara Freire e Jefferson Loyola


Ontem, aconteceu no Iguacine, às 18h, a mostra de curtas-metragens da Baixada Fluminense, com alguns filmes independentes, além de outros com parceria com o Mate com Angu e a Escola Livre de Cinema. O filme de ficcional “O que vai ser?”, dirigido por Getúlio Ribeiro, e produzido por Vitor Lopes - que também atuou -, Bruna Sanches, e Elaine Cristina, foi filmado em 2009, e neste ano é um dos cinco filmes concorrentes pelo prêmio desta categoria.

Segundo o diretor Getúlio, o processo de criação aconteceu dois anos atrás, quando um amigo o apresentou um conto e ele decidiu fazer o roteiro do mesmo em parceria com o autor.“Sem dinheiro nenhum tentei filmar uma vez, mas não deu certo. Desta vez, tivemos que pagar do nosso bolso o figurino, uma câmera adequada, além de parcerias para as locações. Por isso, conseguimos.”, disse.

Getúlio contou ainda que sentiu gratificado com o resultado e com a exibição no 3º Festival de Cinema de Nova Iguaçu. “Fiz o filme com a intenção de ter a estréia na nossa primeira participação do Iguacine. Estamos muito feliz com isso, pois estamos realizando e mostrando o nosso trabalho na nossa própria cidade. Nova Iguaçu está crescendo cada vez mais nesta área, graças a Escola Livre de Cinema e o Iguacine”, contou o jovem diretor.

Vitor Lopes, que atuou no papel principal, como o personagem Pierre, contou um para nós sobre o filme e sobre sua visão do cinema na Baixada. Confira!


vitor lopes - O que vai ser? from Cultura NI on Vimeo.

Novidades

por Jefferson Loyola e Mayara Freire



























Confira a programação no site :  http://www.escolalivredecinemani.com.br/iguacine2010/

Presidência embaçada

por Jefferson Loyola


Crítica de O presidente


Revolta por não usar óculos, que em sua opinião é um acessório indispensável para quem deseja ser presidente: essa é a essência do curta-metragem “O presidente”, que está concorrendo na Mostra Competitiva Nacional nesta terceira edição do Iguacine. Com direção de Luiza Favale, o curta tem como protagonista um menino que tem seus olhos sadios e que sonha em ser o Presidente dos Estados Unidos. O menino é Victor, que mora com sua mãe, que, por ser mãe solteira, deixa-o com a vizinha para trabalhar.

“Mãe, me leva para um outro oculista”. Essa é uma das frases iniciais do personagem Victor no filme, inconformado com o resultado do oftamologista ao qual acabara de ir, e de tantos outros que já fora. Nos 13 minutos desta ficção, o menino passa a maior parte do tempo com um par de óculos. Sua mãe, além de se ocupar com o sustento de seu filho, também vive uma intensa relação amorosa com um morador do mesmo condomínio onde mora.

O que que o Iguacine tem

por Rodrigo Caetano


Ontem foi o segundo dia do III IGUACINE no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, no Centro de Nova Iguaçu. Além da Mostra Bairro Escola, houve a Mostra Baixada e a exibição do musical “Alô, alô, carnaval!”, uma produção de Adhemar Gonzaga de 1936 restaurada recentemente.

Esse musical é protaganizado por grandes atores da era de ouro do rádio brasileiro, dentre eles a grandiosa Carmen Miranda, que começou a ficar conhecida a partir desse filme. Posteriormente, a Pequena Notável se mudou para os Estados Unidos e começou a ser a grande divulgadora da cultura brasileira através de seus filmes e canções.

Fazendo moda

por Robert Tavares

Quem passou pelo Iguacine - ou ainda passará - certamente notou o stand com duas araras repletas de roupas e bolsas bordadas e feitas com patchwork. Acontece que Claudia Pereira de Ciqueira, presidente da cooperativa Coosturart (Cooperativa de costura artesanal) trouxe para o Festival de Cinema de Nova Iguaçu o trabalho que ela e moradoras da comunidade Conjunto João XXIII desenvolvem há cerca de oito anos. 
 O intuito de Claudia desde o início é gerar renda para as moradoras locais através do trabalho manual e delicado que pode ser visto em suas peças.








Macaxeira mágica

por Vinícius Tomas

Crítica: Josué e o pé de macaxeira


Josué troca seu risonho burrico por um par de macaxeiras mágicas. A história parece familiar?

Através de uma inspirada animação, o diretor e animador Diogo Viegas adiciona tempero brasileiro ao clássico conto infantil "João e o pé de feijão" com "Josué e o pé de macaxeira". Em ágeis 12 minutos, o curta mostra a saga de Josué, que sobe ao céu através de um pé de mandioca gigante e lá encontra um galinha dos ovos de ouro protegida por um gigante.

Bem próximo à historia original mas pontuado por vários elementos da cultura nordestina (com direito a gigante cangaceiro e protagonista de chapéu de couro)e pela trilha sonora inspirada de Leonardo Mendes, que vai da música tradicional nordestina a canções de ninar tocadas com triangulo, sanfona e zabumba.

A animação é caprichosa, e os personagens cativantes mesmo sem diálogos. Vencedor do prêmio do juri popular no festival Anima Mundi de 2009, dentre diversos outros prêmios, "Josué e o Pé de macaxeira" agrada também o público da Baixada e sai como um dos mais aplaudidos da primeira sessão competitiva nacional do festival e esta disponível ao público na internet no endereço http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=9015.

Olhares no Iguacine

por Mayara Freire




A fotografia também teve espaço no III Iguacine. Os membros do Foto Clube Baixada ocuparam o corredor do teatro do Espaço Cultural Sylvio Monteiro para exibir um belíssimo conjunto de fotos, que, como o próprio festival, primam pela diversidade. Entre paisagens da Baixada, pessoas, objetos, fotografias abstratas, o público se interessou em parar e observar cada um dos quadros expostos na mostra. O presidente do Foto Clube, Mazé Mixo, contou que foi importante a participação no evento e espera que as pessoas se interessem em integrar ao clube de fotógrafos. “O Foto Clube foi fundado em setembro do ano passado. Temos seis meses de projeto e essa oportunidade foi muito importante para nós e além do mais, fotografia tem tudo a ver com cinema”, disse.

Queimando a sociedade

por Rômulo Baptista



Mais uma vez o Iguacine aporta trazendo novidades para todas as pessoas, sejam elas fãs ou não do cinema. Já tivemos várias atrações, celebridades e noticias maravilhosas como a informação de filmes dirigidos por moradores da periferia carioca em Cannes, o festival mais charmoso do mundo.

Porém, o que mais chamou minha atenção foi a exibição do curta chamado QUEIMADO.

Alegoria da felicidade

por Wanderson Duke e Tony Prado

Com simplicidade e muita expressão, Tinho, personagem do curta “O Carreto”, trouxe aos olhos dos espectadores um lado profundo da inocência. O curta mostra o dia a dia de um jovem carreteiro, singular em sua rotina até encontrar os olhos de Stephanie, uma menina de sorriso doce e brincalhona. Enquanto Tinho auxiliava a mãe de Stephanie nos trabalhos locais, percebe que a menina tem uma deficiência física que dificulta sua locomoção. Quebrando os tabus sociais, “O Carreto” mostra, na humildade de uma comunidade, um misto de alegria, felicidade, carinho e solidariedade.

A falta de diálogos faz com que a expressividade dos personagens seja muito mais impactante e importantes a cada cena. Uma troca de olhar; um gesto; o sorriso ou desenho feito à mão, dado de presente, trazem um significado muito mais intenso que qualquer palavra que pudesse ser dita pelas duas crianças. Um pequeno gesto inocente impusiona uma vontade íntima de ajudar o próximo, com a recompensa mútua do início de uma linda amizade.

Sob a direção de Marília Hughes e Cláudio Marques, “O Carreto” traz o ponto de vista de que a satisfação pode ser encontrada em meio a ações simples e despretensiosas mas nem por isso menos recompensadoras.

Com a decisão nas mãos

por Marcelle Abreu



A Mostra Competitiva Nacional do III Iguacine, que exibirá 29 curtas-metragens de hoje até amanhã, será definida por um júri composto por três pessoas. O jornalista Daniel Schenker, a produtora Beth Sá Freire e o cineasta Vinicius Reis. ficará responsável por escolher os melhores filmes.

Daniel é graduado em Comunicação Social pela Faculdade da Cidade (hoje Univercidade), onde se formou no ano de 1995. No mesmo ano, começou a trabalhar como repórter e crítico de cinema no Jornal do Commercio, após um rápido estágio na Cinemateca do MAM. Lá ficou até 1998 e depois foi trabalhar na Tribuna da Imprensa, onde permaneceu durante dez anos. Hoje escreve sobre cinema e teatro para o Jornal do Brasil e Jornal do Commercio, além dos sites www.criticos.com.br e www.questaodecritica.com.br

Quando o assunto é preferência de filme, diz não ter preferência por um tipo de filme específico. ”É claro que a questão do gosto está sempre envolvida. Mas minha preocupação ao ver um filme é procurar perceber o que existe de específico naquela proposta, o que há ali que ainda não foi dito, pelo menos não daquela maneira. Além disso, não me oponho à tecnologia, mas acho que é possível perceber nos dias de hoje uma supervalorização dela, como se o acúmulo de efeitos especiais fosse suficiente para validar uma proposta cinematográfica”, diz ele.

Em relação ao Iguacine considera fundamental a realização de um evento como tal na Baixada Fluminense, pois vê uma imensa limitação na distribuição, que impede os moradores de ter acesso a um cardápio cinematográfico mais diversificado.

Letras fashion

por Jéssica de Oliveira e Tony Prado

 
Na manhã deste sábado, 17 de abril, o III IGUACINE contou com uma pitada de charme, beleza e inteligência ao apresentar o projeto Letras Que Falam, da oficina de moda do Espaço Cultural Sylvio Monteiro.

O projeto trata da conscientização do meio ambiente, trazendo as modelos participantes do projeto trajadas de belíssimas peças com uma peculiaridade: todas feitas de jornais! Isso mesmo, o jornal foi o material utilizado pelo diretor do projeto, Edilson Sampaio, para demonstrar a importância da reciclagem e dos cuidados com o meio ambiente.

Além disso, de acordo com Edilson, os jornais representam a raiz da comunicação, trazendo mais de dois séculos de história à tona em forma de moda e beleza. “É muito importante, é claro, o cuidado com o meio ambiente e, tão importante quanto, é o acesso à comunicação. Os jovens de hoje estão adaptados às notícias instantâneas que se atualizam a cada vinte segundos e esqueceram da importância dos jornais”, comentou Edilson.

Torcidas organizadas

por Renato Acácio



A Mostra Baixada mobilizou grandes torcidas na noite de ontem no Espaço Cultural Sylvio Monteiro. É que as equipes de produção estava de olho nos R$ 1 mil do júri popular. Para tentar garantir o prêmio, algumas torcidas adotaram táticas de guerrilha bem interessantes. A mais notável sem dúvida foi a do filme “Que vai ser?” do diretor Getúlio Ribeiro. Idealizada pelo estudante de cinema, produtor e ator do filme Vitor Lopes, de 24 anos, a claquete do filme coloriu o dia com vários balões de gás hélio vermelho, marca registrada do cartaz de divulgação do curta-metragem. “Estamos tentando promover o filme há muito tempo, através da internet e chamando os amigos e familiares", conta Vitor, que trouxe o maior número possível de amigos e toda a sua família para a exibição do seu filme e fazer volume na votação. "Os balões são só para todos entrarem no clima e também ganharmos simpatia de quem ainda está indeciso”.

Futuro roubado

por Marcelle Abreu


É fácil encontrar nas telinhas filmes que retratam a vida masculina nas favelas, mas e quanto à figura feminina? Sandra Werneck teve essa percepção e, baseada no livro “As meninas da esquina”, da jornalista Eliane Trindade, produziu o longa-metragem “Sonhos Roubados”, que será exibido hoje à noite no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, às 20h.

"Sonhos Roubados" é um longa que conta a história de três adolescentes: Jéssica (Nanda Costa, mais conhecida como Soraia da novela Viver a Vida), Daiane (Amanda Diniz) e Sabrina (Kika Farias), que são menores de 18 anos e moradoras da periferia carioca. Elas são adolescentes como qualquer outras,sem importar a classe social,que vivem à procura de um grande amor,se preocupam com beleza e acreditam que o amanhã pode ser diferente.

A alegria de Vanessa du Matu

por Tony Prado/ Fotos Rômulo Baptista


E o público aplaudiu mais uma vez, como em todos os anos, Carmen Miranda, a Pequena Notável. Mas antes, na recepção do IGUACINE, Vanessa du Matu, personagem interpretado por Thiago Costa, fez “a Door” do evento em homenagem ao carnaval clássico dos anos vinte. Atraindo olhares e sorrisos, Vanessa du Matu trouxe alegria e calor humano ao festival, conquistando elogios intermináveis.

Antes da repecpção, Thiago deu uma palinha sobre seu trabalho e seu contato com o público. "Meu trabalho não é voltado para um público específico, mas desde que comecei a me montar, o contato com o público da terceira idade e crianças foi sempre muito mais intenso, pricipalmente pela curiosidade", conta. O objetivo do trabalho é levar alegria para o público.

 
 
 
 
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