Sobre continuar caminhando

segunda-feira, 19 de abril de 2010

por Nany Rabello

Crítica Utopia e Barbárie

utopia : u.to.pi.a
1 O que está fora da realidade, que nunca foi realizado no passado nem poderá vir a sê-lo no futuro. 2 Plano ou sonho irrealizável ou de realização num futuro imprevisível; ideal. 3 Fantasia, quimera.

Barbárie : bar.bá.ri.e
1 Estado ou condição de bárbaro. 2 Crueldade, selvageria.

Os significados dizem muito. Parece impossível associar ambas palavras em uma única coisa, mas o cineasta Sílvio Tendler o fez. Mais do que um documentário, o filme é uma aula de história do ponto de vista mais humano possível. Retratos de uma passado trágico, de meados do século vinte até os dias de hoje.

Mortes, guerras, exílios, ditaduras, torturas, memórias que jamais serão apagadas da história do mundo, contadas por quem de fato esteve lá. Um trabalho de uma vida inteira. "Não se faz um filme desse calibre como se pensa fazer um documentário, não é industrial", conta Sílvio no vídeo que precede a história.

Trilogia do Cavi: parte II - O balconista que virou médico

por Josy Antunes
Daqui a pouco o III Iguacine exibirá o filme "Vida de balconista", de Cavi Borges e Pedro Monteiro: O primeiro longa metragem pra celular do Brasil. "Esse filme foi uma historia muito doida", ri o Cavi, cuja obra, na verdade, foi originada numa série da TV OI para aparelhos celulares. "A gente já estava na terceira temporada".

Cada pequeno episódio narra situações vividas por Mateus, um balconista de locadora que tem por sonho ser cineasta, inspirando-se em Quentin Tarantino, que cursou a mesma trajetória. A única locação utilizada foi a própria Cavideo e o seu proprietário garante: "Tudo que você vê na série é real", diz ele, incluindo o cliente que, certa vez, pediu para "dar umazinha" entre as estantes de filmes. "As pessoas que frequentam aqui são muito doidas, por causa do proprio horário... gente bêbada, gente alternativa, de rock, teatro, dança... De noite aqui virava tipo um boteco, o pessoal chegava, sentava nas cadeirinhas e ficavam bebendo e conversando. Não era uma locadora que o pessoal alugava e ia embora. Era tipo um ponto de encontro, a galera vinha aqui falar de filmes e projetos", conta ele, descrevendo o ambiente e personagens - reais - do filme.

O monstro da animação

por Jéssica de Oliveira e Marcelle Abreu


Em 1972, nasceu em Nilópolis um menino chamado Marcelo. Sua mãe lhe dera este nome em virtude de um galã de novela muito famoso da época. Mas na escola, por um hábito da professora de chamar seus alunos apenas pelo sobrenome, Marcelo passou a ser mais conhecido como Marão.

O que vai ser do mendigo queimado?

por Jefferson Loyola




Uma noite de premiação e diversão. Assim foi este  domingo no Espaço Cultural Sylvio Monteiro, localizado no Centro de Nova Iguaçu, onde ocorreu a apresentação dos curtas vencedores nas mostras Competitiva Nacional e da Baixada do III Iguacine. Apesar da tensão pela espera do resultado, o público que superlotou o teatro riu bastante com as piadas que os mais engracidinhos não paravam de contar.

Pai do funk

por Luz Anna



Transformar arte em realidade, essa é a meta, e essa tem sido a conquista da 3ª edição do Iguacine.

De portas abertas para a diversidade cultural, o festival recebeu no seu 4º dia de a presença marcante do produtor Rômulo Costa, secretário de Cultura de Belford Roxo.

O melhor e o pior de um homem

por Wanderson Duque

Crítica Incelença da Perseguida

Sinopse: O sertão nordestino abriga a história de Maria das Graças, dita como santa mas que se rebela em favor de um amor pecaminoso que desenvolve pelo filho do coronel da região. Este menino, depois de ser rejeitado na infância quando “cantava” um menina, cresce e se torna um homem de traços fortes e profundamente machista.

Como a população é pobre, ele se apodera desse fato para promover sua vingança contra todas as meninas da aldeia, possuindo-as uma a uma. Em troca, o rapaz fornece dinheiro às famílias das meninas, que veem essa troca de favores como fonte de alimento.

Marca universal

por Vinícius Tomas

Rodrigo Fonseca é repórter e um dos críticos por trás do famoso bonequinho do jornal O Globo. Professor da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, ele participou da primeira parte da Oficina de Interpretação. A leve e divertida aula foi uma introdução sobre métodos de interpretação e uma conversa sobre filmes e grandes atuações.

Sotaque mineiro

por Luz Anna


Na primeira noite da Mostra Competitiva Nacional do III Iguacine foi apresentado o curta “Fantasmas”, produzido pela produtora “Filmes de Plástico”, composta pelo diretor e roteirista André Novais de Oliveira e pelos atores e produtores Gabriel Martins e Maurílio Martins, ambos de Belo Horizonte, Minas Gerais.

A história começa com uma conversa jogada fora entre dois amigos e a princípio é uma receita simples. Porém, no decorrer de "Fantasmas", vamos percebendo que a mistura desses ingredientes é que dá o verdadeiro sabor que só uma obsessão pode despertar.

Cansado de esperar

por Mauro Vasconcellos

Crítica Céu Limpo

Escrito e dirigido por Marcley de Aquino e Duarte Dias, “Céu limpo” é um filme que retrata a difícil realidade vivida no agreste nordestino. Leôncio é um típico homem do sertão, desempregado, que vai até a cidade em busca de emprego. Ao voltar para sua casa, discute com a mulher (Chica) por causa de divergências quanto a sua permanência ou não nas condições de precariedade e seca da região onde moram.

O filme apresenta aspectos sociais e culturais fortemente presentes nos costumes dos habitantes dessas regiões do sertão, como por exemplo a casa onde mora o casal, precariamente construída, bem como a forte influência da Igreja na vida da população, que se apega na fé, a fim de superar os problemas decorrentes das péssimas condições de vida.

A indignação, ou o desespero, ou os dois fatores, derivados de todas as dificuldades por que passa o casal, sugerem, em seu desfecho, a falta de esperança e o cansaço de esperar que um milagre aconteça.

Curta sem intenção

por Jefferson Loyola

O calor brasileiro na ilha gelada da Islândia. Assim pode ser definido o curta “65° N” do estreante Lucas Gervilla. O paulista confessa que escolheu a Islândia pela velha curiosidade de ver a neve. “A ideia inicial era de um intercâmbio, poder conhecer uma cultura totalmente diferente”, contou. “Um fato engraçado na minha chegada foi a desconfiança local sobre minha nacionalidade. Como só conhecem o Péle, não acreditavam que eu era brasileiro, afinal sou branco”, relembrou entre risos.

Amizade pra todas as horas da vida

por Tony Prado

Crítica À minha amiga: um breve relato sobre nós

 “Um dia a história está diante dos nossos olhos, acontecendo ali mesmo. Naquele momento, a única coisa que temos na mão é uma câmera fotográfica digital e na cabeça a certeza de que aquela história pode se transformar em um filme”. Essa foi a premissa utilizada no curta “À minha amiga: um breve relato sobre nós”, do diretor André da Costa Pinto, que trouxe ao III IGUACINE uma grande dose de emoções a todos que o assistiram.

O curta relata a história de Carminha Costa, 90 anos, que cuida de sua amiga Inacinha Cabral, 85 anos, que perdeu a fala desde que sofreu um AVC. A amizade das duas, no entanto, tem experiências que jamais serão substituidas em tempo algum e por nenhuma barreira. Para Carminha, sua amiga, que conhece há 60 anos, é seu bem mais precioso. Compartilham histórias desde a mocidade: os romances de juventude, suas músicas favoritas, a melhor festa de São João, o batizado do primeiro filho, que inclusive foi dado à amiga para batismo.

 
 
 
 
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