Cinema dominical

segunda-feira, 19 de julho de 2010

por Josy Antunes

Meu caso com o Donana foi amor a primeira vista”, assume Vagner Vieira. Com a frase, o músico e integrante do Cineclube Digital - realizado no SESC de Nova Iguaçu - justifica o que o move a, todo domingo, deixar sua casa em Miguel Couto e rumar para Piam, um bairro de Belford Roxo. Às 16:30, a esquina de número 197, conhecida pelos moradores da rua Aguapeí como “a casa do Dida”, abre as portas para a sessão semanal do cineclube. Tapete estendido no chão, onde espalham-se aos montes almofadas vermelhas e amarelas, uma enorme case para equipamentos musicais servindo de mesa para o projetor fílmico e um telão, quase sempre rodeado de quadros coloridos, compõem o aconchego que já virou referência entre os frequentadores do local. “Junta a coisa de estar trabalhando com o que a gente gosta, com um lugar que é espetacularmente agradável. É um negócio inexplicável”, expressa Vagner, que há meses abraçou os projetos do Centro Cultural Donana ao lado de amigos que hoje trata como irmãos. Nessa história, o dia 26 de abril de 2009 ganha extrema importância por marcar o exato ponto de intersecção entre o representante do Cine Digital e a turma que dava os primeiros passos para consolidação como cineclube. O “Encontro Cineclubista da Baixada” reuniu representantes de grupos como o Anti Cinema e o Cine Goteira, com o objetivo de viabilizar uma integração no circuito de cinema na Baixada. 

Teatro contra a Xuxa

por Marcelle Abreu

Desde o dia 17 de julho, o Espaço Cultural Nós da Baixada, situado na Cerâmica, tem suas noites reservadas para Mostra de Cenas. O evento se estenderá o dia 23, sempre às 19h30m.

Cada dia cerca de oito mostras são encenadas pelos próprios alunos do espaço. O único dia em que não haverá mostra será amanhã, 20, quando o espaço exibirá o filme Efeito borboleta, escrito e dirigido por Eric Bress e J. Mackye Gruber.

Espírito de equipe

por Breno Marques

Alguns historiadores dizem que as festividades realizadas nos meses de junho têm origem no nosso período colonial. As danças que deram origem às nossas típicas quadrilhas vêm dos franceses. Os nossos fogos de artifício vêm de uma tradição chinesa, que foi o primeiro povo a fazer manipulação das pólvoras. As fitas coloridas no alto das festas, das barracas, e por que não dizer nas próprias roupas, são tradições dos portugueses e espanhóis.

Berço das quadrilhas

por Vinícius Tomás

Quem pensa que pra dançar em festa junina é só por um chapéu de palha ou um vestido de chita não conhece essas quadrilhas. Brilho, beleza, teatralidade, temas variados e coreografias ensaiadas, é isso que as quadrilhas juninas participantes do campeonato da Liga Independente das Quadrilhas Juninas de Nova Iguaçu (Liquajuni) oferecem para o público nos arraiás. Na quarta-feira 7 de julho, os líderes dos grupos de dança junina filiados e os organizadores de algumas festas caipiras reuniram-se para discutir as festas do mês de julho e o próprio campeonato.

Confesso ter chegado ao local da reunião, a sede do partido PSB em Nova Iguaçu, desconhecendo esse cenário cultural das festas juninas. Achei que seria um grupo falando sobre festa caipira apenas como lazer, uma brincadeira. Mas impressiona a organização do grupo. A LIQUAJUNI, que completou um ano de atividades no último dia 1° de Julho, data tambem conhecida como Dia do Quadrilheiro, é constituída como pessoa jurídica, tem presidente, conselho, tesoureiro e contador. São 16 grupos juninos de diferentes bairros e até de fora de Nova Iguaçu. Nova Iguaçu, aliás, tem uma grande concentração de grupos de quadrilha. Há em torno de 26 grupos organizados, muitos parados por falta de condições financeiras, principal reclamação dos quadrilheiros. ”Enquanto os grupos não puderem tirar um CNPJ e se legalizar para pedir ajuda financeira do governo, nós dependemos da Liga para entrar em editais e projetos estatais”, conta João Gomes, conhecido tambem como João do Xodozinho, presidente da LIQUAJUNI e coordenador de produção da quadrilha junina Xodozinho.

 
 
 
 
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