O Escritor da Sociedade Contemporânea

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

por Jéssica Oliveira





No dia 11 de novembro, a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Nova Iguaçu abrirá suas portas para o lançamento do livro "Os Jovens da Sociedade Contemporânea", do escritor Pedro Ferreira.

A obra fala sobre uso de drogas por jovens, trabalho infantil e ainda discorre acerca do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente): "Este livro é uma seqüência do livro Família em Foco (2010), pois estamos abordando assuntos pertinentes aos nossos filhos e adolescentes, como o quanto esse jovem é alienado ou multiplicador de conhecimentos", exemplifica o autor. 

Nascido e criado em Mesquita, Pedro Ferreira tem no currículo uma graduação em Administração de Empresas e uma pós em Marketing Comercial. Além de exercer estas funções, Pedro se dedica à arte de escrever desde o tempo de estudante universitário. "Com o motivo das pesquisas para a faculdade, veio o interesse por pesquisar mais e, saindo dessas pesquisas, brotou o primeiro livro com o título Desabafo sem Demagogia (2006)", conta. Em seguida, escreveu Solidariedade e Idealismo (2008), falando sobre o protagonismo de cada indivíduo na sociedade.

Seu sexto livro é um alertar à sociedade quanto ao comportamento do jovem: "Existem formas de resgatar nossos jovens de alguns problemas já existentes. Cabe a nós fazer nossa parte. Eu tenho feito a minha, que é informar através da leitura, buscar ser redundante na forma de falar do assunto, fazer chegar a quem puder a informação. Tratar desse assunto é quase sempre necessário".


Pedro ferreira levanta questionamentos quanto à posição da escola que, segundo ele, "não tem feito seu dever de casa com sua contribuição diária" e dos pais: "Cadê os pais que muitas vezes deixa seu filho 'correr frouxo', sem se preocupar com quem anda ou o que esta fazendo?", indaga.


O escritor que faz parte da ALAM (Academia de Letras e Artes Meritiense) e que foi premiado por duas vezes por seu livro Família em Foco, também é autor de um livro de contos, intitulado "Um Conto com Encanto" (2009). "Eu me senti com vontade de falar de algo que fosse agradável, confortante. Em pesquisas, você sempre lê muito para chegar em algum lugar, já para um romance você tem apenas que deixar sua imaginação fluir. É somente escrever o que o coração imagina, daí esse trabalho bacana que foi bem aceito e vendeu bastantes exemplares", afirma satisfeito com a repecussão de seu trabalho. 

O lançamento do livro "os Jovens da Sociedade Contemporânea", assim como os outros quatro livros - exceto Um Canto com Encanto - do escritor Pedro Ferreira, é uma tentativa de informar e fazer com que as pessoas se mexam quanto ás questões sociais que as rodeiam , acima de tudo. "Os livros trazem perturbação para os que estão em volta. Nossos políticos não querem que você saiba muito, apenas o mínimo". Pedro Ferreira quer justamente o contrário. 


-- 
A CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Nova Iguaçu) se localiza na Avenida Governador Portela, 966 - Centro  Nova Iguaçu. O lançamento será às 19h e escritor autografará os livros, que serão vendidos por R$ 20,00 cada. 

Humanidade não confirmou presença no evento Fim do Mundo (Curtir)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

por Vinícius Vieira




Depois de sobrevivermos a um possível fim do mundo algumas várias vezes, esse "evento" foi remarcado pelo americano Harold Camping, que já havia previsto o fim dos tempos no início desse ano, para o dia 21 de maio. Como a previsão furou, foi então dada uma nova data.

Camping, pregador da Igreja Evangélica, de 89 anos, disse que “o processo de destruição” havia começado desde 21 de maio, mas o apocalipse foi adiado em 5 meses, acontecendo nessa próxima sexta (21). Sobre o "engano" que havia cometido em maio, o pregador alegou que houveram erros em seus cálculos sobre a destruição da Terra, que é baseado na Bíblia.

Como em outras vezes, houveram os que se desesperaram com notícia, como os seguidores de Harold, que em maio, largaram suas casa, bens e empregos e depois ficaram surpresos com “adiamento”. Também houveram os que ignoraram e, claro, os piadistas, que se aproveitaram de "mais um apocalipse" para tirar proveito e fazer suas gracinhas.

Humanidade não confirmou presença no evento Fim do Mundo (Curtir)

por Vinícius Vieira




Depois de sobrevivermos a um possível fim do mundo algumas várias vezes, esse "evento" foi remarcado pelo americano Harold Camping, que já havia previsto o fim dos tempos no início desse ano, para o dia 21 de maio. Como a previsão furou, foi então dada uma nova data.

Camping, pregador da Igreja Evangélica, de 89 anos, disse que “o processo de destruição” havia começado desde 21 de maio, mas o apocalipse foi adiado em 5 meses, acontecendo nessa próxima sexta (21). Sobre o "engano" que havia cometido em maio, o pregador alegou que houveram erros em seus cálculos sobre a destruição da Terra, que é baseado na Bíblia.

Como em outras vezes, houveram os que se desesperaram com notícia, como os seguidores de Harold, que em maio, largaram suas casa, bens e empregos e depois ficaram surpresos com “adiamento”. Também houveram os que ignoraram e, claro, os piadistas, que se aproveitaram de "mais um apocalipse" para tirar proveito e fazer suas gracinhas.

Inclusão mediana

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

por Joaquim Tavares (colaboração: Nathália Moreira)



O panorama escolar do Brasil, no que diz respeito à democratização do ensino voltado para os deficientes, vem se alterando bastante nos últimos anos, mais especificamente a partir da década de 90. Isso se deve a diversos fatores, mas um deles chama maior atenção: o reconhecimento e o aumento significativo de políticas voltadas para a educação inclusiva, com a finalidade de garantir o direito ao ensino de qualidade para todos. A escola passa a ter a obrigação de acolher todas as crianças, sem qualquer exceção, no ensino regular e adequar suas práticas para viabilizar o ensino dos alunos com necessidades especiais a fim de garantir uma educação inclusiva e integradora.


Assim, se por um lado assistimos no avanço da sociedade em relação à garantia legal dos direitos do cidadão, por outro, nos deparamos com novos desafios que precisam ser enfrentados. Um deles é o de fazer cumprir a legislação em vigor, garantindo aos portadores de necessidades especiais inclusão e atendimento educacional de qualidade na escola.

Bravo, bravo!

por Pedro Felipe Araújo


Quem nunca esperou ansioso pelo dia 12 de outubro quando era criança? Os presentes, as festas de rua, os brinquedos... Tudo neste dia é um prato cheio para a garotada no feriado dedicado aos pequenos cidadãos brasileiros. Onde há criança, com toda certeza, há festa.

Nesta quarta-feira, no bairro de Miguel Couto, a criançada teve muito o que pular. A programação do bairro para as tradicionais comemorações de rua começou cedo. Às nove horas da manhã, uma de suas principais avenidas, a Rua Professora Marli Pereira de Carvalho, já havia sido fechada para as comemorações. Um palco fora montado bem em frente ao mercadão popular e foi a professora Sheila Gama, prefeita de Nova Iguaçu, quem deu início à festa.


Indolência Tropical

domingo, 16 de outubro de 2011

por Leandro Oliveira de Aguiar




O jeitinho brasileiro está presente a todo instante. A cada vagão do trem cheio a caminho da labuta e, sem duvida, inexoravelmente no meio das nossas tardes cinzentas de segunda feira onde mentalmente nos tele transportamos para o final de semana. E nesse virtual fim de semana, sem hesitação, será acompanhado de muito sol, água fresca e, de preferência, num cenário paradisíaco.

E quem nunca se percebeu no meio do trabalho ou colégio flertando com pretensa a paisagem paradisíaca logicamente não está de boa-fé. Pois bem, nós brasileiros temos uma verdadeira paixão nacional por fins de semana. “Foram nos sábados e domingos que aconteceram as principais coisas da minha vida. Conheci meus muitos amores, tive minhas farras e meus melhores momentos de felicidade.” conta o promoter João Vicentino.

Com a união desse amor incondicional fermentado com pitadas da nossa inconfundível indolência tropical surge um fenômeno muito comum em nosso cotidiano. A nossa velha mania na Terra do samba e do pandeiro de ir emendando o feriado até o domingo. Afinal aquele dia útil no meio dessa historia toda é apenas um indecoroso contra tempo feito para ser deixado de lado. ”Quando isso acontece já antecipo um bom papo no patrão para ver se posso prever alguma coisa. Acho que nessa historia toda só quem não vê com bons olhos isso tudo são nossos chefes.” brinca o vendedor de roupas Aurélio Castanheira sempre disposto a angariar uma folguinha a mais.

O empresário Adolfo Menezes, dono de bar no centro do Rio de Janeiro, naturalmente antagoniza com o vendedor e reclama sobre a tendência da população em se engajar em momentos bestiais. Para o mesmo, já passou da hora de se elaborar uma lei que “jogue” todos os feriados nacionais para o último dia útil da semana (sexta-feira), como forma de reduzir a cultura da “emenda” que, em geral, provoca prejuízo em cerca de 10 % ao seu negócio. ”No Brasil o povo só se junta para copa do mundo ou pra vê se descola uma folguinha a mais.” Destila o homem de negócios.

“Sempre que tenho a oportunidade me mando para região dos lagos.” diz com deleite o gerente de restaurante Frederico Silveira endossando o grupo pró feriadão e relatando  a tática  já enraizada em nosso povo no tradicionalíssimo costume de viajar para lugares próximos nesses  tempos de ócio para desafogar nossa rotina .”Acho que todo mundo tem ou pelo menos deveria ter um lugarzinho assim. Em que agente guarde com carinho no peito e se esqueça de todos os problemas!”

Porem em toda a regra existe exceções e nem tudo são flores nessa primavera. ”Vou trabalhar no feriado de 12 de outubro e ainda durante a semana. É um saco!” é o que relata o atendente de uma famosa rede de fast-food Joaquim Atanásio incluído no grupo das pessoas com a cara amarrada que não vão poder aproveitar o clima do feriadão.”Já coloquei no meu facebook. 2014 com a copa e 2016 a olimpíadas. Que tal emendar 2015 em um feriadão?” conta descontraindo.

O prazer em ler

terça-feira, 11 de outubro de 2011

por Raíze Souza








Você já deve ter escutado muito bla,bla,bla dizendo que a leitura difunde informação, cultura, educação, valores democráticos e lazer, além de nos ajudar a desenvolver nossas capacidades criativas, de comunicação, de compreensão do mundo,melhora seu nível educativo e amplia nossos conhecimentos de forma agradável. Mas sei que, provavelmente, você deve achar isso um saco e prefere assistir um filme.
Se esse for seu caso, isso provavelmente acorre porque você não teve incentivos para leitura. Talvez os seus pais não liam histórias pra você quando criança ou você era obrigado a ler os livros paradidáticos na escola. E tudo que é obrigatório, acaba se tornando chato.


Para os nãos leitores conhecerem o prazer que a leitura oferece, o governo criou em 2006 o Plano Nacional do Livro e da Leitura (PNLL) que agora- durante a abertura da XV Bienal do livro do Rio de Janeiro - virou lei. A prefeitura de Nova Iguaçu já se destaca como umas das vanguardas fluminenses em relação aos municípios que se preocupam com a leitura e a cultura. As metas do Plano Municipal do Livro e da Leitura (PMLL) de Nova Iguaçu já são traçadas desde 27 de setembro de 2010. Em setembro de 2011, o grupo de discussão diminuiu se transformando no grupo de trabalho (GT) Iguaçulendo. E na Bienal, “NI” também marcou presença. Foi um dos municípios que aproveitou o estande do PNLL e realizou uma mesa redonda para explicar as conquistas que o município conseguiu e planeja alcançar com a leitura.


Mas para todo esse esforço sair do papel é necessário que a sociedade civil compareça aos simpósios (reuniões) para dar suas sugestões e fechar o PMLL com os seus governantes. O 1º simpósio, em Nova Iguaçu, ocorrerá no dia 13 de outubro de 2011 às 9 hrs na Casa de Cultura da cidade.
O Evento será dividido em 2 momentos. O primeiro momento será para esclarecer o que é o plano, seus eixos de ação e como o Estado lida com as políticas públicas. O 2º momento, que será a partir das 13h, cada participante escolhe um dos quatro eixos do plano para discutir e elaborar propostas. Depois haverá uma plenária para a apresentação das propostas elaboradas pelos quatro grupos para finalizar o plano do livro e da leitura de Nova Iguaçu.


A melhor forma de saber como uma criança, ou um adolescente iria gostar de ler e de estudar, é quando se tem a oportunidade de escutá-los e entende-los. Por isso é importante à presença de todos para a garantia de um município com leitores fluentes. E somente a soma da sociedade civil mais governantes é que garantirá a substituição do bla,bla,bla pelo prazer em ler. 


Entenda melhor o PNLL:
Buscando a democratização ao acesso e ao gosto pela leitura para transformar o Brasil numa nação de leitores é que o Estado inicia em 2006 o PNLL e que vira lei para ser trabalhado de forma continua. O plano é baseado em quatro eixos:


Eixo 1- Democratização do Acesso
Eixo 2- Fomento a leitura e à formação de mediadores  
Eixo 3- Valorização da leitura e comunicação 
Eixo 4- Desenvolvimento da economia do livro
Cada município cria um grupo organizador para sua cidade (GT) – o grupo de Nova Iguaçu chama-se “Iguaçulendo”. E é através do grupo que começam a serem discutidas as metas. Após a realização do grupo, com suas primeiras discussões e com um plano quase pronto, chama- se a sociedade civil para a realização de simpósios para fechar o Plano de leitura do município. O plano vai para votação pelos vereadores e, se aprovado, o ultimo passo é ficar de olho nos editais federais para garantir verba para a realização dos planos discutidos.
Mais informações do Plano: www.pnll.gov.br


1º Simpósio de Nova Iguaçu para o PMLL
Endereço: Rua Gétulio Vargas,51 – Centro  
Dia 13 de outubro de 2011 às 9h

O especialista do Passinho

domingo, 25 de setembro de 2011

por Joyce Pessanha

"A final da Batalha do Passinho foi eletrizante", diz o músico Felipe de Oliveira sobre a competição que tremeu o Sesc Tijuca na tarde deste domingo, 25 de setembro. Confira, na sequencia, todo o talento dos três primeiros colocados.

O 3º lugar.



O molequinho que derrubou gigantes e conquistou o 2º lugar na competição!




O grande campeão, que vai se apresentar no Programa da Xuxa.



Vem no passinho...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

por Leandro Oliveira e Pedro Felipe Araújo



Som, ritmo e muito estilo foram à dinâmica no morro do Andaraí no sábado, dia 18 de setembro, na penúltima etapa do projeto BATALHA DO PASSINHO que está bombando pelas favelas do Rio de janeiro. Idealizado pelo jornalista e escritor Julio Ludemir com o musico e também produtor cultural Rafael Nike, o projeto tem como perspectiva a valorização da cultura nas comunidades. Mostrando que elas possuem a sua própria identidade suficientemente rica e criando um novo lema.  Da favela para o mundo!

Mas o que é o passinho do menor da favela? Você com certeza conhece muito bem, já viu em festas, vídeos ou qualquer ambiente onde tenha alegria e funk. A Dança que absorveu influencia de ritmos como frevo, funk, break e até balé virou moda e agora se vê materializada no concurso. “A favela está mostrando a sua cara!” é o que diz um dos expectadores, Jefferson Soares, de 17 ano,s mostrando um ar de orgulho.

A cultura do passinho

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

por Joyce Pessanha





     Dobre a perna, se apoie nos joelhos, vá até o chão e se erga sem cair. Levante a camisa, mostre a barriga e a trema ou a mecha em ondas como uma dança do ventre. Gire, bata os pés e tenha ritmo. Se você conseguir todos esses movimentos você está apto a participar da disputa que vem fervendo as comunidades pacificadas do Rio de Janeiro. 
     
     Moleques da periferia do Rio de Janeiro não precisam de preparo. Como algo genético, os meninos já nascem sendo Expert em misturar frevo e funk em passos incríveis que caíram na rede e podem ser vistos no canal do Youtube. A cultura emergente conquistou a atenção de Julio Ludemir e Rafael Nike que oportunizaram a disputa de modo institucional para eleger o melhor passinho das comunidades.
    
     O concurso se deu em etapas eliminatórias que aconteceram no Borel, no Andaraí e no Salgueiro e selecionaram os melhores dos melhores para disputarem o título na grande final que acontecerá no Sesc Tijuca às 15h. O vencedor levará o prêmio e se apresentará no programa da Xuxa, da rede Globo. "Domingo a final no SESC Tijuca da Batalha do Passinho vai fazer a galera 'tremer na base", diz Rafael Nike. 


     Toda a imprensa está ligada nesse evento que terá seu desfecho no próximo domingo, e você vai ficar parado?

Cidade Cidadã

por Pedro Felipe Araújo



Em 1822, mais precisamente no dia sete de setembro, D. Pedro I anunciou a liberdade do Brasil as Margens do Rio Ipiranga. Na verdade o momento foi totalmente simbólico, uma vez que os colonos tiveram de pagar uma quantia à metrópole, Portugal, para que o Estado se tornasse independente. No entanto, para todos os efeitos, aquela data ficou marcada como o dia da independência do Brasil.
Há quem questione os modos como se deu a independência, mas não proponho aqui uma discussão histórica sobre um fato épico, mas sim a tradição que envolve essa data. Estamos no mês da Pátria e logo no 1º dia de setembro algumas das escolas de Nova Iguaçu já fizeram a tradicional “marcha” simbólica, em homenagem a um dos episódios mais importantes da história do nosso País.
No dia primeiro, vinte escolas do bairro de Miguel Couto foram à rua para exercer o ato cívico de patriotismo. O desfile estava marcado para começar às duas horas da tarde, mas ainda era uma e meia quando as ruas começaram a encher. Embora o tempo estivesse nublado, o clima não esfriou os ânimos de uma multidão que já ocupava as calçadas da esquina da Rua Professora Marli Pereira de Carvalho com a Constantino da Silva, duas das principais vias de Miguel Couto, onde os estudantes se concentram para entrar na avenida principal e dar início ao desfile.
Para que o evento acontecesse com máxima segurança para os observadores e estudantes, a prefeitura disponibilizou carros da defesa civil, ambulâncias do SAMU e viaturas da polícia, estrategicamente distribuídos por todas as vias de acesso à rua principal.
Por volta das duas e meia o desfile começou com um pequeno atraso de meia hora e, como sempre, as pessoas se agrupavam aos montes para contemplar a beleza das escolas que é um espetáculo à parte. Alguns dos civis mais antigos, que trazem em sua trajetória de vida também a tradição de acompanhar a passagem dos alunos, desenvolvem também uma afeição especial por determinadas escolas, como a dona Helena Augusta Silveira, de 62 anos. Com muita empolgação, Dona Helena sempre aguarda ansiosa pelo desfile do Colégio Estadual Vicentina Goulart. “O Vicentina é a escola mais bonita. As meninas de fitinha sempre dão mais empolgação”, diz ela, sorridente.
No entanto, o destaque do dia foi para a Escola Municipal Janir Clementino, que trouxe um verdadeiro pelotão, abordando um tema polêmico e atual. As faixas pediam pelo fim da descriminação de gêneros e no centro, cinco alunos vestidos com penachos, como fantasias de carnaval, sambaram e dançaram em prol da igualdade. Os alunos se tornaram os astros e foram os mais marcantes de todo o desfile. 
Por volta das seis e meia da tarde o Colégio Estadual Vicentina Goulart entrou na avenida para fazer a última das passagens dos alunos desse ano. Para a alegria de Dona Helena, que sentiu o coração pulsar às retumbantes batidas da banda.E independente da data ser utópica ou não foi um momento de entretenimento e respeito a favor da pátria.


Show de criatividade

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

porVinicius Vieira


Há alguns meses, atrás o Rock In Rio em parceria com o Estado do Rio de Janeiro criou um concurso, chamado "1 Ingresso Por Um Mundo Melhor", onde os alunos da rede estadual de ensino podiam entrar nessa onda e mandar seu manifesto em foto, vídeo, música, texto e poesia. Milhares de alunos correram pra escrever, fotografar, tocar e filmar seu manifesto, na esperança de levar um par dos 5 mil ingressos que foram dados pros vencedores do concurso.

2.500 alunos foram felicitados com um par de ingressos para o maior evento do mundo. No regulamento, o participante tinha como obrigação tratar de problemas sociais, econômicos, ambientais, etc. Como o próprio slogan do concurso diz, "Por Um Mundo Melhor", os alunos deveriam mostrar soluções para esses problemas.

Todos os colégios entraram no clima, avisando os alunos sobre o concurso e os incentivando a participarrem. O concurso cultural durou do dia 5 de maio a 15 de julho desse ano. Para participar, os alunos preencheram um formulário com seus dados, matrícula escolar e o seu manifesto, claro. 

O Rock In Rio premiou com os ingressos os manifestos mais criativos e impactantes, tendo, segundo eles, uma banca criteriosa para a escolha dos vencedores. Porém, os alunos que venceram o concurso não tinham o direito de escolher o dia que queriam ir ao festival, ficando a critério do Rock In Rio e visando disponibilidade de ingressos. Para a felicidade de uns e a tristeza de outros, como a de Victor Rodrigues, 17 anos, que tentou a todo custo conseguir que a organização do concurso mandasse um par de ingressos para o dia 2 de outubro, cujo show contará com a presença das bandas Guns N' Roses, Evanescence, System Of A Down, a brasileira Pitty entre outros. "Lliguei pra lá, mandei e-mails, tentei pelo twitter e nada", conta ele, frustrado, que recebeu os ingressos para o dia 30 de setembro (Shakira, Ivete Sangalo, Jota Quest, etc.). Por fim, entre fotos e poesias, milhares de alunos do estado estarão no Rock In Rio, em variados dias, curtindo e desfrutando do que sua criatividade foi capaz de fazer.

Mostra de Clores

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

por Pedro Felipe Araújo


O projeto “Para Ti, Meriti”, foi idealizado pela Nossa Galeria de Arte para comemorar o aniversário do município de São João, no mês de agosto. A ideia é incentivar a produção de artes plásticas e contribuir para o seu fortalecimento cultural. Elaborado de forma democrática, o projeto permite às camadas mais extensas da população o acesso ao trabalho de artistas consagrados, estreitando assim a distância entre o povo, a arte e o artista.

Este ano, o projeto vem com uma mostra das obras da notória Clores de Andrade Lage. Prima de ninguém menos que a lenda literária Carlos Drummond Andrade, Clores é mundialmente conhecida pela sua arte. Seus quadros e esculturas abstratas evidenciam o fascínio da artista pela natureza e despertando no observador a dimensão de sua sensibilidade. “O que é fascinante na arte abstrata é que posso esculpir o que sinto e as pessoas enxergarem o que elas mesmas sentem”, diz Clores.

Além de suas pinturas, esculturas e invenções, Clores leva à exposição também um pouco de seu trabalho como escritora, cineasta e documentarista. Seu livro “Ecos de Outras Eras” narra a sua jornada pela Europa, para onde Clores viajou em busca de sua própria identidade cultural, remontando sua árvore genealógica. Clores passou por Galícia, na Espanha e cruzou Portugal, pesquisando suas raízes e redescobrindo a história da sua própria história. Montou também o almanaque “Sobrenomes de A a Z” que se originaram do mesmo clã que o dela.

“A ideia me veio com as repetidas vezes em que meus netos me perguntavam sobre os meus antepassados”, conta Clores. “Então fui à pesquisa e levei minha neta e documentamos tudo com uma câmera operada por ela e então fizemos um DVD que vem junto ao livro”.

A pluralidade da arte de Clores está em exposição na Nossa galeria de Arte, que fica na Av. Automóvel Clube, Rio Shopping Ville – VIlar dos Teles e está funcionando de segunda a sexta-feira entre 11 e 20 horas e vai até o dia 30 de setembro.

De 2 a 7 de setembro

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

por Joaquim Tavares

O dia da Independência do Brasil é comemorado no dia 7 de Setembro, mas não somente nesse exato dia. Na Baixada Fluminense, desde o dia 2 desse mês já vêm havendo desfiles e eventos cívicos relacionados com essa data que é um marco histórico.

Pelos quatro cantos de Nova Iguaçu, por exemplo, diversas mobilizações ocorreram celebrando a independência do nosso país e propagando o nacionalismo brasileiro, alvo ímpar em todo o mundo. Desde a Prefeitura, que fica no Centro de Nova Iguaçu, até as ruas de muitos bairros, como Rancho Novo e Tinguá, um mutirão de pessoas é envolvido por esse “mar” de comemorações.

Com muito orgulho

por Dandara Guerra

Nesta terça-feira presenciamos o quarto dia do desfile cívico em Nova Iguaçu. O destino foi o bairro da Posse, onde crianças e jovens erguiam os estandartes com peito estufado de tanto orgulho de representarem suas escolas. O evento contava com a presença da ilustre Prefeita Sheila Gama e do secretário de cultura Anderson Ávila, o Batata, que apreciavam os jovens.
 O principal motivo para se desfilar “É o prazer”, explica Evelen Silva, 14 anos, estudante do Liceu Santa Mônica, “Além de representar o colégio ainda tem a alegria da companhia dos amigos”, diz. “Gosto demais de marchar. Para muitos pode ser brega, mas para mim está longe de ser, adoro”, completa Aline.
Tendo como tema: “Um mundo de todos para todos” o colégio MCT Campista Muniz encantou com um desfile todo montado pelas pequenas crianças. “Meu filhinho estava lindo, é a primeira vez que desfila”, diz Adriana de Sousa, mãe de Caué de quatro anos, uma das mães que gritava eufórica, “Nossa, ele não parava de perguntar se estava chegando o dia do desfile”, completa.

Brilhou o "soul" da pátria

terça-feira, 6 de setembro de 2011

por Rodrigo Caetano e Pedro Felipe Araújo


Nessa última sexta-feira tivemos o 2º dia de Desfile Cívico na cidade de Nova Iguaçu e, como todo mundo sabe, esse desfile tradicionalmente leva grupos das escolas do município para as apresentações. Um dos destaques veio do bairro de Cabuçu: a banda “Soul Emanuel”. Apesar do nome não é uma banda de Soul Music e sim uma banda musical de desfile com direito a fardas, metais, percussão e até cheerleaders, aquelas meninas que animam o público tais como as líderes de torcida, tão conhecidas do modelo de banda americano.

Depois de uma apresentação enérgica com música e dança, fomos procurar o líder da banda para uma pequena entrevista. Chegando a concentração onde eles estavam, vimos à maioria dos jovens contando sobre a experiência da apresentação com brilho nos olhos e vontade de desfilar mais uma vez.



Novos tempos

por Leandro Oliveira



A esperança é o alimento que dá a energia suficiente para o homem cruzar novas fronteiras. É o caso das legiões de jovens que escrevem na proteção de seus quartos materializando ainda que amadoramente suas poesias, artigos ou letras de musicas. Protegidos pelo resignado e ao mesmo tempo incomodo anonimato.

Mesmo que a frase possa parecer ambígua o total anonimato consegue ser totalmente conflituoso. Na situação imposta o medo com a vontade de sobrevir para o mundo acaba se tornando um acalorado debate em suas consciências. “O que eu mais queria no mundo é libertar minhas palavras. Muitos sonham e poucos conseguem publicar seu livro”, conta a estudante do Ensino Médio, Mayara Mercedes, que escreve poesias desde os 13 anos.

Impossível ler essa matéria e não fazer uma analogia com à já clássicas palavras de Cazuza “Quem tem um sonho não dança!”. “O povo brasileiro é carente de leitura. Porém hoje em dia existe uma poderosa ferramenta que possibilita uma maior democratização da cultura que é a internet”, diz Andressa Santos que hoje trabalha em uma livraria e escrevia romances quando criança. Afinal ter um sonho não basta, Para não dançar, é preciso meter a mão na pena e ir à luta. “É preciso fazer com que a leitura toque o coração e mentes das pessoas. É preciso Perseverança. Ainda hoje escrevo com a esperança de ser notada”, conta.

Pra esquentar o feriado!

sábado, 3 de setembro de 2011

por Raize Souza

Na última quinta-feira, 1° de setembro, a Vila Olímpica de Nova Iguaçu ferveu com a animação das mais de cinquenta escolas de rede municipal que estavam presentes para a abertura da semana da pátria.

Apesar de aparentar ser um evento faixa branca, foi emocionante ouvir todas aquelas crianças cantando em coro o hino de Nova Iguaçu e o do Brasil. Além da animação de um grupo de meninas – que mesmo não fazendo parte da banda Escola Municipal Monteiro Lobato, que tocava no ginásio - dançavam em sincronia envolvidas por sorrisos. Ou até mesmo o fato da maioria dos pequenos tirarem fotos com a plaquinha de sua respectiva escola mostrando orgulho pela instituição e registrando um momento de compromisso social.

João Vitor, 14 anos, é um dos integrantes da banda de E. M. Monteiro Lobato há dois anos e meio. Apesar de haver ensaios ao longo do ano e com uma freqüência ainda maior cinco meses antes da semana do desfile cívico, ele revela que mesmo assim acha legal tocar tambor e desfilar, pois quando faz isso o sentimento que o define é a alegria.

João Vitor e sua banda irão fazer outras apresentações como em Miguel Couto, Tinguá, Queimados, entre outras localidades. Se você quiser conferir ele tocar ou presenciar acontecimentos divertidos, terão mais 6 dias , em mais 9 lugares diferentes com 129 escolas mobilizadas para fazer um bonito desfile esse ano.

Veja agora qual o mais próximo de sua casa e boa semana da pátria.

Pânico nos trilhos

terça-feira, 30 de agosto de 2011

por Joaquim Tavares


É bem cedo. Há uma multidão se empurrando em busca de um valioso lugar sentado durante a sua viagem. Muitos se agridem de todas as formas possíveis, outros passam mal, choram e até desmaiam. O clima de revolta e descontentamento é geral. Sabe onde se passa esse filme? Isso mesmo, nos metrôs e trens espalhados por todo o Rio de Janeiro e parece que não sairá de cartaz nunca!
Com uma rotina que começa dessa forma, não há tranquilidade e bom-humor garantido. E esse é apenas o começo de um difícil dia na saga de vários trabalhadores e estudantes. Literalmente, é começar com o pé esquerdo, que, geralmente, é pisoteado.
“Como eu consigo chegar à faculdade sorrindo, tendo passado por tudo isso já a essa hora da manhã?”, se questiona a estudante Mariana Sampaio, que enfrenta o metrô diariamente há dois anos e desabafa: “O metrô me cansa mais do que as aulas chatas e os professores irritantes!”.
Encarar uma situação assim vai desgastando rapidamente sua paciência, que, ao longo do dia, será exigida mais uma dezena de vezes e, por já ter sido ‘desabastecida’, acaba gerando, em algumas situações, discussões e desavenças desnecessárias. Um exemplo disso é a fala do operário Pedro Campos, que pega o trem lotado indo e voltando do trabalho. “É preciso muita garra para aguentar isso, tenho certeza que muita gente só tá aqui porque precisa mesmo. Já chego trabalho estressado e distribuindo esporro.”.

O Sucesso do Dosvox

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

por Diogo Jovi


O Espaço Silvio Monteiro realizou no dia 22 de agosto eventos da  Semana Nacional da Pessoa  com Deficiência Intelectual e Múltipla. O evento contou com uma série de atividades de inclusão às pessoas portadoras de necessidades especiais ; apresentou aparelhos eletrônicos que podem ser úteis  para melhor comunicação e melhor comunicação com o mundo.

O evento foi realizado pela Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla (SEMDPDEF) e contou com a presença de várias escolas municipais da região, além de autoridades do município e especialistas no assunto. Houve inúmeras atividades de inclusão, como exibição de filmes em que os expectadores videntes – os que possuem a visão - recebiam uma espécie de venda para assistirem, e terem a sensação de como uma pessoa com deficiência visual assiste um filme.  Teve também oficina  de contação de histórias, além de uma oficina “sensorial”, onde o público tinha que descobrir o que era uma determinada coisa pelo cheiro.

2 pedágios, 1 Vaca, 4 almoços e 1 defunto

por Raíze Souza e Rodrigo Caetano



Um jovem repórter , ao contrário do que muita gente deve achar, passa por diversas dificuldades. Às vezes a pauta fura outras não, mas sempre pra conseguir realizá-las precisamos de muita determinação.

A história que vamos contar é sobre uma das matérias que estamos preparando para a Web TV. O entrevistado era o Presidente da Câmara de Vereadores de Mesquita, André Taffarel. Taffarel é um cara que “tá ligado” na baixada e na juventude e foi escolhido porque, além de render uma boa entrevista, poderia dar umas dicas de como fazer a Web TV, já que acumula as funções de vereador e apresentador do programa “Tá Ligado TV”.  

O caminho até o estúdio de gravação era grande (Nova Iguaçu- Barra da Tijuca), e pra variar saímos atrasados. Raize, a repórter, estava um pouco nervosa já que foi pega de surpresa, avisada na hora que seria a sua primeira entrevista em formato de vídeo e não mais uma matéria escrita para o blog Cultura NI. Já Rodrigo, o câmera, estava preocupado tentando achar uma fita que ainda tivesse espaço para gravar a matéria de hoje e com o microfone da câmera que havia sumido. Mais duas pessoas estavam nos acompanhando nessa matéria, o secretário de cultura de Nova Iguaçu, Anderson Ávila, mais conhecido como Batata e o Coordenador do Projeto Agencia da Juventude Comunicaê, Rafael Soares, mais conhecido como Nike. 

Enfim, saímos com fita, sem microfone e o nervosismo, que foi se quebrando no carro enquanto conversávamos. No automóvel, Batata tentava confirmar a entrevista com Taffarel, mas sem sucesso. Então a solução foi voltar – estávamos em Mesquita - para o espaço cultural, afinal não queríamos dar viagem perdida.

Pop in Rio?

domingo, 28 de agosto de 2011

por Abrahão Andrade


É show de rock! Bom, pelo menos é assim que o espetaculoso Rock In Rio pretendia ser desde sua estréia em 1985, idealizado por Roberto Medina, numa sacada empresarial ousada pra época, mas bem coerente com o momento de transição que o Brasil vivia. 

Num breve resumo, via-se o país recém saído da ditadura e a abertura para a música barulhenta deixava de ser uma ideia para se tornar um fato. As guitarras distorcidas invadiam o país do carnaval, com uma receptividade de um público digno de clássicos no Maracanã.

Cheiro de lembranças

por Leandro Oliveira


Inclusão, respeito e novas experiências em nova Iguaçu marcaram o dia 22 de agosto no Espaço Cultural Silvio Monteiro. A jornada iniciou com sucesso a Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla e de forma inovadora realizou uma espécie de experiência com os sentidos com a prazerosa colaboração de todo presentes. “Gostei muito. É bom poder fazer coisas novas”, conta Gabriel Santos Ribeiro, que possui síndrome de down

Numa sala do primeiro andar da Casa de Cultura, criou-se uma roda, que visava justamente mostrar aos participantes o quanto estamos acostumados a trabalhar apenas com a visão e audição, atrofiando o olfato que é capaz de nos mostrar incríveis novos horizontes.

Teste de ansiedade

por Warllen Ferreira


Na noite do dia 24 de Agosto, o Espaço Cultural Sylvio Monteiro abriu as portas para jovens e adultos de todas as idades para o teste de seleção para as novas turmas do grupo teatral da casa.
Tendo o início atrasado e começando por volta das 18h, uma enorme fila se formava aguardando com muita expectativa uma das peças fundamentais para a seleção: a julgadora Juliana Santos. Eis que é chegada a hora: aparece quem faltava para começar o primeiro passo do sonho de alguns presentes.
“A Neuza não presta... as cores lá fora me disseram pra continuar” – músicas e passagens de texto a todo momento. Novas amizades se formavam a cada suspiro de apreensão. Os “próximos” começam a serem chamados. Fones de ouvido dão a última ajuda antes da sua vez.
O coração batia mais forte e a emoção gritava forte. Ao entrar e subir no palco, os que demonstravam menos tensão ficavam sem um pingo de tranqüilidade.
Ao se encontrar na frente dos jurados, perguntas eram feitas de formas tão intimidadoras que o texto ia embora. A garganta secava e a voz desafinava. A mão suava, parecia até que estava derretendo. “Próximo!” – E lá se ia mais um atrás de realizar um desejo, fazer um bom teste e conseguir sua vaga no curso de teatro do Sylvio.
“Nossa! Deu um branco total. Não lembrava nem um pouco do texto. Na hora, inventei uma tal de Cleide e no meu texto, que criei no momento, a Neuza era amiga. Ainda cantei “Parabéns pra você”. O olhar dos auditores era de amedrontar“. Assim foram os comentários de cada um que saía da sala.
E dessa forma se seguiu até pouco mais de meia noite, quando teve fim a audição de seleção para o grupo. Muitas expectativas, amizades de fila, músicas que tomavam conta do corredor e um incontrolável nervosismo que dominava o Espaço.
E por fim, cada participante só poderá saber o resultado na sexta-feira pela manhã ligando para o espaço, a partir das 9h. Até lá, um pouco mais de ansiedade não fará tão mal assim. Afinal, depois de seis horas com esse sentimento que havia em cada candidato, esperar um pouquinho mais não seria tão doloroso.

De parar a Baixada

sábado, 27 de agosto de 2011

por Jefferson Loyola




As paradas gay acontecem no mundo todo como forma de denunciar o preconceito que ocorre cotidianamente com a comunidade homossexual, haja vista que vivemos em país que cada dia duas pessoas são assassinadas devido sua orientação sexual. Com isso, antes mesmo de pensar em organizar paradas LGBT, a AGANIM - Associação de Gays e Amigos de Nova Iguaçu e Mesquita - vinha atuando nos municípios de Nova Iguaçu e Mesquita para promover a melhoria na qualidade de vida de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), além de promover os direitos humanos deste público.

Porém, a fase atual do movimento LGBT no Brasil é a consquista da visibidade pública através das paradas que acontecem em diversas cidades de todos os estados. Dentro dessa dinâmica, AGANIM chega a sua terceira edição da parada GLBT em Mesquita, que ocorre neste próximo domingo, dia 28 de agosto. "Não é só de plumas e purpurina embaladas por música 'bate-estaca' e vinho barato se faz uma parada gay. Bom saber que a escolha do último domingo de junho para celebrar a diversidade, a tolerância e o orgulho gay não é obra do acaso", disse Neno Ferreira, Presidente da AGANIM, relembrando a Revolta de Stonewall (Como surgiu o movimento contra a homofobia a partir das manifestações).

O jovem frente à cultura bipolar carioca

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

por Vitória Tavares










Ao sair na rua você se liga que isso tudo é a América do Sul: os bares, a guerra civil e o calor. É aí que você entende que o sentimento é mais forte que qualquer barato.
É complicado se encontrar como pensante nas questões sociais que envolvem viver no Rio. Vai além de sentir diariamente a miséria na pele – apesar de isso já ser mais que o bastante. É quase ter que escolher um lado: a polícia ou a guerrilha para militar, que já se tornou fatalmente ideológica. É um questionamento que envolve o jovem de uma maneira única. O funk, as drogas, a cultura marginal em suma... e aí?
Em uma rápida troca de ideias com alguns jovens, percebe-se que as opiniões sobre a marginalia X maquiagem social carioca revelam um fator em comum: a cultura da violência. 
“O mundo das comunidades envolve de fato as drogas e a glamorização do crime. O cara da classe média pode se sentir tão atraído quanto um cara da favela pela marginalidade. A cultura da violência existe e está presente no nosso dia-a-dia; o cara pode se virar e tirar o proveito saudável da dela, por meio de expressão cultural e etc...Mas o que mais acontece é polarizar a cultura da violência: ou se tornar Policial Militar ou ir pro morro e conquistar seu breve espaço.” - expõe Igor de Assis, 26 anos, músico.
Quanto a glamorização do tráfico, Dannis Heringer, 20 anos, agitadora cultural, pensa que tudo está muito próximo para não se entender: “Acho que os jovens deixam se envolver com questões que tem um poder emblemático muito forte. É muito difícil se soltar da realidade, porque a nossa realidade é a mesclagem. Aqui na baixada você vê uma casa legal, de rico mesmo, com uma boca de fumo na esquina. É tudo muito próximo, as questões sociais de sub desenvolvimento batem de frente a cada instante. É muito complicado para o ser humano viver com a desigualdade. Mas essa é só mais uma razão da situação conflitante que vivemos”
E sobre a polícia do Rio, Rodrigo Cope, 27 anos, professor de física e músico, dá sua opinião: “A polícia é formada nos preceitos do mata- mata. Não há o que negar. É muita arma, muita loucura. É claro que existem os PMs que são corretos, mas vamos lá: são poucos. O BOPE é o estandarte da glamorização da violência governamental.”  
É possível se encontrar e obter fundamento na sua descoberta? É possível julgar a polícia mal paga e chama-los de fascistas se eles são tão miseráveis de estímulos intelectuais quanto o fogueteiro que atua lá no alto do “morro carioca”? Diferente da violência que é geral e polar de raiz, a culpa disso tudo não é polar. A culpa é da colonização, da escravidão, da repressão religiosa e cultural. Brancos da alva cúpula do poder: com suas perucas e mangas de panos conseguiram criar sua própria arapuca!
E a dita classe média sofre com a dificuldade de denominar o bandido e o mocinho. E mais uma vez assiste em que vai apostar o seu capital: no leão ou no gladiador? Só que agora o coliseu tem ladeira e moto-táxi.

Mãos que falam e olhos que ouvem

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

por Carolina Alcantara

Caro leitor, você já imaginou se te colocassem dentro de um avião e te jogassem num país totalmente diferente do seu, com um idioma que você não conhece e uma cultura e costume totalmente distante da sua realidade? Se não imaginou, imagine por um momento.

Você esta nesse lugar querendo se comunicar e não consegue, pois as pessoas não falam o mesmo idioma que o seu e quando elas olham na sua direção parece que você é de outro planeta. O que você sentiria se estivesse vivendo tal situação?  É provável que se sentiria mal e rejeitado. Essa é uma situação que ninguém gostaria de viver, pois nenhum ser humano gosta de se sentir abandonado, ao contrario as pessoas precisam sentir-se amadas e aceitas pelo que são.

Ouvidos atentos

por Jéssica Oliveira

Na manhã dessa segunda-feira, 22 de agosto, o Espaço Cultural Sylvio Monteiro inicia a Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Com a presença do secretário de cultura e turismo, Anderson Ávila, e estudantes de escolas municipais e estaduais do município, a Biblioteca Municipal Professor Cial Britto apresentou a Audioteca, projeto de inclusão que visa atender deficientes visuais.

Às 10h30, no pátio do Espaço, Malena Cabral Xavier e Roberta Miranda, funcionárias da biblioteca que abriga o projeto, fizeram a primeira demonstração do dia. "A Audioteca é um projeto que conta com livros gravados em CDs destinados à pessoas que têm algum tipo de deficiência", incia Malena.

Enquanto esta apresentava a ideia do projeto, Roberta auxiliava Douglas Juan Mendes Camarinho, estudante de 12 anos que possui deficiência visual, a utilizar o equipamento da Audioteca. Douglas cursa o quarto ano do ensino fundamental na Escola Julio Rabello, no Marco II e aprova o projeto: "Eu gostei muito. Estava ouvindo 'O Leão, a Feiticeira e o Guarda-roupa'", conta.

Para dona Dilani Mendes Ferreira, mãe de Douglas, a Audioteca é uma ótima oportunidade para  que seu filho tenha contato com a literatura e livros ditáticos: "Acho ótimo. Pretendo trazê-lo sempre e cadastrá-lo no Secograma".

Livro delivery
Como explicou Roberta Miranda em sua fala, o Secograma caracteriza-se no cadastro do deficiente que se encontra impossibilitado de frequentar a biblioteca no Centro de Nova Iguaçu. Este receberá em seu domícilio os livros que desejar. "

A pessoa liga e pede uma postila de português, geografia, ou o que for. Eu coloco os CDs desejados num pacote com duas etiquetas: uma por fora do envelope e outra por dentro. Envio pelo Correio para a casa do cadastrado e quando ele for devolver, é só refazer o pacote e colar a etiqueta que eu mandei por dentro. O envio é gratuito", explica, afirmando que com esta etiqueta o usuário não terá custo algum com o Correio.

Para cadastrar-se são necessários apenas nome, endereço e o tipo de deficiência do usuário atendido. "Não apenas a Audioteca, mas o sistema do Secograma, são importantes para os usuários que não possuem mobilidade mas que se interessem pela leitura", encerra Roberta.

Mundo de metal

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

por warllen Ferreira

Meio de transporte de milhões de trabalhadores, estudantes, e outras pessoas. O nosso famoso “lata de sardinha” tem se transformado em um verdadeiro “país sobre trilhos”. Etnias, educação, formação, cultura, tudo isso é carregado nos vagões dos nossos trens diariamente, em uma grande variação. 

Alguns com ar-condicionado e outros que são a cara do descaso total. “ Picolé da moleca… Pra você que pratica esportes… Pode me ajudar por favor, com qualquer quantia… “. Negócios para uns, meio de transporte para outros. Assim diariamente os nossos vagões lotam todos os dias, de minutos em minutos. Um atrás do outro. Quer variedades? O “Brasil de metal” oferece. Lá você encontra tudo o que você precisa, para seu benefício e para o benefício dos outros. 

Gosta de uma aposta? Que tal se misturar no cantinho da Purrinha? Lá você ainda pode sair com o dinheiro da passagem do dia seguinte. Mas que tal gastar esse dinheiro? Lá você também consegue fazer isso. Tudo para o seu lar e para a sua utilização diaria você encontra aqui, nos vagões do “Shopping de metal”. Mas se você prefere adorar a Deus na ida do seu trabalho, não seja por isso: vamos lá receber enquanto não chegamos no serviço.  

E para quem não gosta de fazer muita coisa no seu percurso, o cantinho da porta está logo ali te esperando para você encostar, ler seu livro ou até mesmo tirar um cochilo. Cochilo é o que não falta nos bancos. 

Assim é o dia-a-dia do brasileiro que precisa enfrentar os trens todos os dias. Um resumo de tudo aquilo que talvez outra pessoa precise de um dia para ver. Nas composições do “Brasil de metal” você consegue ver em uma hora e trinta de viajem.

E ao sair, observe atenciosamente o espaço entre a plataforma e o vagão. Obrigado !

Produzindo sonhos

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

por Dannis Heringer


Quem nunca se imaginou sendo o Andy Warhol? Ou talvez o Teddy Parker? Ou mais, o George Martin? Pois, bem eu já me imaginei sendo tudo isso, consciente que para tanto eu precise trabalhar completamente em cima dos meu objetivos, o que envolve apenas uma palavra: música. 

Sei que essa profissão requer cuidado e muito sacrifício da minha parte pois, para chegar onde eu quero preciso ser reconhecida pelas coisas que fiz. Um produtor não é reconhecido em dois anos, para ser dessa profissão requer paciência e isto é algo que ocupa o primeiro lugar da minha lista. No Brasil este tipo de profissão está quase que acabada, existe apenas uma faculdade para isso e em suma, cursos.

Meu nome é Dannis Heringer e eu sou Produtora Musical. Ou pelo menos tento ser. Minha história nesse meio artístico começou graças a um convite para produzir um evento. Na época eu nem sabia o que era isso, pois via meu futuro de outra maneira: sentada em uma cadeira e análisando autos.

O Dia dos Pais das "Filhas de chocadeira"

por Raize Souza



O dia dos pais, assim como outras comemorações, provavelmente foi inventado para movimentar o comércio. Mas essa tradição mexe com os sentimentos ao ponto de querermos transformar momentos que deveriam ser normais em especiais, demonstrando nosso afeto.
Por esse motivo você certamente passou o dia dos pais com seu pai, sua mãe e seus irmãos. Sua mãe, provavelmente, deve ter feito um almoço especial, ou vocês simplesmente saíram para almoçar em um dia com muitos abraços e presentes, ou não.  Mas em certa casa do bairro Vila Kosmos, na cidade do Rio de Janeiro, habitada por sete mulheres e, às vezes, dois homens, o dia dos pais é diferente, ele é sem pai.
A primeira mulher é mais conhecida como Tia Marí é a dona da casa. Trabalha como secretária de uma empresa de assessoria de engenharia e é mãe, e muitas vezes pai, tanto dos filhos biológicos quanto das cinco meninas “adotadas”. “Mesmo que a data seja para comemorar um ‘homem’, eu me sinto orgulhosa em tentar fazer esse papel. Na vida têm mães que são pais e mães, eu também tento fazer isso em benefício de vocês”, comenta a Tia.
Seus filhos biológicos são Pedro Lopes, de 17 anos, e Thaísa Lopes, 24 anos, e a história das “adoções” de Marí começaram há oito anos com Eliane Guerreiro em Crateús CE. Depois veio Nanamaina Viana, carioca que hoje faz intercâmbio nos Estados Unidos, às vezes fica na casa da Tia e outras na casa do pai, que também é do Rio de Janeiro. Há um ano Marcella Rocha chegou à família, vindo diretamente de Recife PE. Em dezembro de 2010 a Tia “adotou” Iara Eloane, de Crateús CE e para fechar a casa das sete mulheres, em março de 2011 chegou Raize Souza, pernambucana arretada, também conhecida como aquela que vos escreve.

Inimigos nacionais

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

por Lucas Xavier Cavalcante


“Odeio o sotaque, odeio samba, odeio funk, odeio calor e odeio praia... Ou seja, odeio tudo que lembre o Rio de Janeiro”. Essa é a opinião de Rodrigo Alt, paulista avesso ao Rio.  Rodrigo nasceu e cresceu em Campinas, no interior de SP, e tem pavor do mínimo semblante do Pão de Açúcar. 

O caso de Rodrigo não é único. A rivalidade entre Rio de Janeiro e São Paulo é antiga, mas vem se confirmando cada vez mais na internet.  “Conheço muitos paulistas, são todos uns lerdões”, diz o carioca João Paulo. “Eis a verdade absoluta entre Rio e São Paulo: carioca manda, paulista obedece. Como já diria o velho samba: malandro é malandro, mané é mané. ”

Inverno 40º

por Joyce Pessanha









O festival de Inverno está fazendo Queimados pegar fogo. Com peças teatrais gratuitas a atividade esquenta o cenário cultural da cidade da Baixada. O evento, que teve seu início em 2009, dá a oportunidade ao público de assistir a espetáculos teatrais de graça.
A edição deste ano contará com a participação do ator global Rodrigo Sant’ana, que trabalha no programa “Zorra Total”, no seu stand-up comedy “Comício Gargalhada”. O festival já virou tradição na cidade vai ter espetáculos até o dia 28 de agosto. Bianca Diniz está animadíssima para assistir as peças, “prometo ir a todos”, diz a moradora da cidade.
Os espetáculos vão acontecer no teatro Marlice Margarida Ferreira da Cunha (Avenida Marinho Hemetério de Oliveira, s/nº - Vila Pacaembu) em horários variados. O evento está sendo realizado pelas Secretarias de Cultura e de Educação com grupos teatrais da Baixada Fluminense. Os ingressos deverão ser retirados diretamente nas Secretarias Municipais de Cultura e Educação. Informações pelos telefones (21) 2665-1532 ou 3698-6695/6699.

Confira a Programação:
________________________________________


17/08 (quarta-feira)
9h e 15h – “Comida viva” / Ópera Prima Teatral

18/08 (quinta-feira)
9h e 15h – “O Livro Mágico da Emília” / Cochicho na Coxia 

19/08 (sexta-feira)20h – “Sansão no século XXI” / Cia. de Artes Dom Real

20/08 (sábado)
20h – “Dois perdidos numa noite suja” / Grupo teatral "Nós, Por Exemplo"

21/08 (domingo)
11h e 19h – “O Inspetor Geral” / Cia. de teatro Queimados EncenaLocal: Praça dos Eucaliptos 

19h – “O Homem com flor na boca” / Grupo Centro Experimental de Teatro e Artes (Ceta)Local: Teatro Marlice Margarida Ferreira da Cunha  

De 23 a 28/08 (terça-feira a domingo) 
23/08 (terça-feira)9h e 15h – “Aladin e a lâmpada maravilhosa” / Grupo Fanfarras Produções Artísticas

24/08 (quarta-feira)14h30 – “Apart hotel” / Grupo Encenart 
 19h30 – “Essa noite eu sonhei com Drummond” / Cia. Tudo Vira Cena

25/08 (quinta-feira)20h – “Kiriê de Griots” / Grupo teatral Rio de Muane

26/08 (sexta-feira)20h – “Chiquinho – A vida de São Francisco de Assis” / Cenáculo Cia Teatral

27/08 (sábado)
20h – “Comício gargalhada” / Rodrigo Sant´AnnaLocal: Ginásio Municipal Metodista  (Avenida Marinho Hemetério de Oliveira, s/nº - Vila Pacaembu)

28/08 (domingo)
20h – “Cabaré Filosófico”

 
 
 
 
Direitos Reservados © Cultura NI