Mãos que falam e olhos que ouvem

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

por Carolina Alcantara

Caro leitor, você já imaginou se te colocassem dentro de um avião e te jogassem num país totalmente diferente do seu, com um idioma que você não conhece e uma cultura e costume totalmente distante da sua realidade? Se não imaginou, imagine por um momento.

Você esta nesse lugar querendo se comunicar e não consegue, pois as pessoas não falam o mesmo idioma que o seu e quando elas olham na sua direção parece que você é de outro planeta. O que você sentiria se estivesse vivendo tal situação?  É provável que se sentiria mal e rejeitado. Essa é uma situação que ninguém gostaria de viver, pois nenhum ser humano gosta de se sentir abandonado, ao contrario as pessoas precisam sentir-se amadas e aceitas pelo que são.

No nosso país muitas pessoas se sentem desprezadas pela dificuldade de se comunicar. A comunicação dos deficientes auditivos acontece através das mãos e da visão, pois elas não podem escutar. As mãos tornaram-se a boca e a visão os ouvidos. Esses se comunicam através de sinais, linguagem chamada de Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).

Há surdos que evitam sair de casa com receio de sofrer algum tipo de discriminação e também pela dificuldade de comunicação, pois grande parte dos ouvintes do nosso país não conhece e não importam em estudar Libras, considerando uma bobagem. A pessoa que pensa dessa maneira esta equivocada, pois Libras é considerado uma língua oficial. A lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002 decreta a obrigatoriedade Língua Brasileira de Sinais a grade curricular de ensino no país.


Na manhã do dia 22 de agosto, no Espaço Cultural Silvio Monteiro, Nova Iguaçu deu um exemplo de inclusão. Na ocasião aconteceram atividades voltadas para as pessoas com necessidades especiais contando com a participação de muitas crianças e adultos. Na oficina de contação de história, havia em torno de 20 crianças sendo a maioria portadora da Síndrome de down e surdez. A oficina foi ministrada e acompanhada por diversos profissionais entre eles a Roberta Gomes, monitora da audioteca para pessoas com deficiência visuais, Alessandra Caetano que realiza o acompanhamento das oficinas culturais e trabalha na secretaria de Cultura, Natalia do Carmo que é interprete de Libras da Secretaria Municipal do Direito da Pessoa com Deficiência.
Das histórias que foram contadas as que se destacaram, marcado pelo entusiasmo das criançadas, foram  “Ciranda dos insetos” e “A joaninha diferente” , cada detalhe que as educadoras destacavam do personagem contando sua história fazia as crianças vibrarem e experimentarem as mesmas sensações como se elas fossem o próprio personagem. Os olhos brilhavam, os braços e as pernas não se continham parado, como forma de colocar todo aquele ânimo pra fora.  
É importante que cada um respeite as diferenças e aprenda a conviver com elas. Pois, no fim, todos de alguma forma somos diferentes, tendo ou não deficiência.


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