Vendo com as mãos

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

por Raphael Ruvenal

Dizem que a cada ano novo esperanças são renovadas e a fé mais uma vez renasce. Mas aqui no Brasil a chegada de 2011 foi como a de anos bissextos, que só acontecem a cada quatro anos. Em Brasília, uma nova Presidenta assumiu as rédeas de um país que cresce e encanta o mundo com sua economia robusta.

Como muitos brasileiros, não me neguei a chance de ver a “História” com meus próprios olhos. Porém, mais do que ver “História” os gestos de agradecimento ao nordestino, ex-metalúrgico e brasileiro era evidente nas expressões de fé do povo, como meu amigo Everton Sampaio, um morador de Austin de 25 anos. Portador de deficiência visual, este militante do movimento estudantil não se conformou a ouvir pela TV as solenidades da posse presidencial. "Eu quero apertar a mão do cara, sentir com as mãos esse momento único, já que não posso ver com os olhos."

Vanessa da Grécia

por Luiz Gabriel


O público GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transexuais) está conquistando cada vez mais espaço na sociedade. Aí estão as leis que reconhecem o casamento homossexual ou a própria mídia, onde são cada vez mais comuns os casais gays nas novelas e os cantores e famosos saindo do armário se assumindo, além dos concursos de transformistas.

Transformista é uma pessoa que se veste com roupas do sexo oposto. O primeiro apresentador de televisão brasileiro a abrir espaço para eles foi Sílvio Santos, no programa Show de Calouros, na década de 1980. Vários apresentadores seguiram o exemplo. Hoje o Superpop, da modelo Luciana Gimenez, é a principal referência para a cena transformista na televisão brasileira.

M2HBF

por Leandro Oliveira de Aguiar


O MAB, que já redesenhou o movimento dos moradores da Baixad Fluminense, agora resolveu virar o hip hop de ponta cabeça. Por isso, abriu suas portas para o Movimento Hip Hop Baixada, que todas as tardes de sábado recebe os jovens de Nova Iguaçu e adjacências para oficinas de grafite, dança e rap. No último sábado, 15 jovens ocuparam o amplo espaço da Rua Nilo Peçanha para dançar ao som de possantes caixas de som. As paredes outrora pintadas com palavras de ordem do movimento popular agora estão tomadas por grafites.

Mais conhecido como M2HBF, o grupo que está ocupando as dependências do MAB foi criado na Rocinha na década de 1990. Problemas políticos obrigaram o grupo a pedir exílio na Baixada. “Eu morava em Austin e ia pra Rocinha dar aula de dança hip hop", lembra Genaro Pedro, quase uma lenda para os meninos que atualmente frequentam o projeto. "As coisas começaram a ficar politizadas demais, tinha muita gente de olho e até no nome implicaram, como se fosse uma propriedade da comunidade da Rocinha." Genaro começou a achar injusto ir para a Rocinha quando tinha muito o que fazer pela sua própria comunidade.

 
 
 
 
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