Quem tem medo da intimidade?

domingo, 3 de abril de 2011

por Saulo Martins


Sempre me interessei pelas relações humanas. Pra mim são, e sempre foram, muito interessante os laços que as pessoas criam baseados em palavras, ações e sentimentos. Esse interesse é um ingrediente importante quando eu procuro algum filme ou livro, e talvez tenha sido esse o motivo da minha identificação com Quem tem medo de Virginia Woolf? (Who's Afraid of Virginia Woolf?, 1966), do diretor Mike Nichols.

Logo no seu primeiro longa-metragem, Nichols conseguiu a façanha de ser indicado para todas as categorias do Oscar que ele poderia, vencendo cinco (Melhor atriz [Elizabeth Taylor], Melhor atriz coadjuvante [Sandy Dennis], Melhor Fotografia Preto-e-branco, Melhor figurino preto-e-branco e Melhor direção de arte preto-e-branco). É quase possível comparar o filme e o diretor com Orson Welles e seu filme de estréia Cidadão Kane (Citizen Kane, 1941), indicado para sete categorias do Oscar e considerado o filme mais importante na história cinematográfica. As duas obras têm uma importância histórica e qualidades inovadoras, dignas das suas indicações ao Oscar.

Um apaixonado pela vida

por Marcelle Abreu

6 de outubro de 1989. Nasce um bebê lindo e saudável e que recebe o nome de Joaquim Tavares Junior. Nome forte segundo sua mãe Suenin Tavares, além de ser o mesmo nome de seu pai, porém esse poderia ser trocado caso Joaquim não gostasse. Ele gostou e nunca teve problemas. “Fora a diretora do colégio onde estudava que cantava uma musiquinha que não me recordo muito bem e as pessoas que falavam que era nome de velho, nunca me importei. Respondia que ninguém nasce com 50 anos, não é verdade?", conta ele, hoje com 21 anos e dono de uma autoestima elevada de contagiar a todos ao seu redor.

Joaquim foi uma criança gordinha e que se destacava por sua inteligência, que lhe rendeu até umas boas palmadas. Aos dois anos, desenhou numa folha uma lata e ao lado escreveu LATA e logo tratou de chamar sua mãe para ver o feito, porém essa não acreditou que tivesse sido ele o responsável pelo desenho e muito mais ainda da associação do nome com objeto. Antes de pedir que refizesse, brigou com ele e lhe deu umas boas palmadas. “Ela perguntava quem havia feito e eu respondia que tinha sido eu, mas nada a fazia acreditar. Apanhei por isso e só depois que ela resolveu pedir que eu fizesse de novo que se orgulhou e me encheu de beijos. Ser inteligente nesse caso foi algo ruim”.

Mínimos detalhes

por Juliana Portella

Nos seus cinco anos de atividades, a Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu vem mudando a vida de jovens e crianças através do audiovisual. A Escola, que era mantida pela prefeitura desde o ano de 2006, passa a contar com um aliado de peso para dar continuidade a seus trabalhos. Através de recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura (ICMS), a ELC ganha patrocínio da Petrobrás para dar continuidade ao sonho de investir na capacitação de crianças e jovens da periferia.

Palavra, corpo e território. É nessa trilogia que está focada a revolução no ensino audiovisual que propõe a Escola Livre de Cinema desde a sua formação, pelo cineasta, escritor e diretor Marcus Vinicius Faustini. A cada ano o ensino é baseado em uma metodologia. Em 2009, as produções basearam-se nos contos de Câmara Cascudo. Em 2010, os alunos tiveram o desafio de produzir um vídeo autorretrato, com apenas um minuto, sem poder mostrar o próprio rosto. Toda essa didática compõe a cena estética da escola . Este ano a metodologia é baseada na ficção. Sendo o cinema um retrato da realidade do mundo, com esse tema como principal, mundos inventados estão por vir.

 
 
 
 
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