Guerra de classes

quarta-feira, 6 de abril de 2011

por Lucas Xavier

Sou morador do bairro de Comendador Soares desde meus dois anos. Nesse bairro tão marcado pela pobreza, cresci com uma condição social muito confortável – mesmo não sendo rico – e convivi com pessoas com uma renda muito abaixo da minha. Com três anos, fui matriculado no IESA (Instituto de Educação Santo Antônio), e lá fiz pessoas que tinham uma condição financeira muito parecida com a minha.

Meus amigos em Comendador Soares são os mesmos de muito tempo. Conversando com um deles, mostrei uma foto onde estávamos eu, meu amigo do IESA (Marcus Vinícius) e sua então namorada; uma menina muito bonita. Ao se surpreender com a beleza da garota, meu amigo de CS falou: “Com certeza ela só o namora porque sabe que ele tem dinheiro.” Aquilo me intrigou. Afinal, sem conhecer Marcus, aquilo seria um pré-conceito.

Mulher Bombril

por Yasmin Thayná

"Eu sou boazinha, mas não sou idiota."
Moradora de Ramos, candomblecista, formada em marketing com especialização em marketing pessoal, monitora da árvore, dançarina de charme, personal sex trainee, colunista do Jornal do Lavradio, cineasta e produtora da Black Music, Joana Cardozo tem 31 anos e muita história para contar.

Seu pai sempre achou que ela devia fazer administração de empresas, por ter um mercado amplo. Largou a faculdade ainda no primeiro período. "Estava certa de que tornaria um pai feliz, mas não uma profissional," comenta.

Foi atrás do sonho comunicação social e se tornar jornalista, matriculando-se na antiga UNI-SUAM no mesmo período em que desistiu de fazer administração. Três períodos depois conseguiu uma bolsa para a Facha, uma das faculdades de jornalismo mais tradicionais do Rio de Janeiro. "Estudei muito longe da minha casa por conta de duas matérias. Mas eu ia mesmo assim para Botafogo."

 
 
 
 
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