Cidade do Joca

quarta-feira, 22 de junho de 2011

por Rodrigo Caetano

Como de costume, acordei cedo na manhã do dia 20 de junho e levantei para ir à faculdade. No trajeto Belford Roxo – Nilópolis, pego dois ônibus e, no primeiro deles, percebi que as ruas estavam mais vazias do que eu costumava ver. De repente o motorista fala para um dos passageiros: “Hoje tá mais vazio e sem estudante porque é o feriado do ‘Joca’”. Caiu a ficha: era o aniversário da morte do Joca!

Pra quem não sabe, Jorge Julio da Costa dos Santos, mais conhecido como Joca, foi o primeiro prefeito de Belford Roxo, que se emancipou de Nova Iguaçu. Estava tendo um mandato exemplar quando foi assassinado com 11 tiros em 1995.

Sensibilidade do gatinho

por Leandro Oliveira de Aguiar

As pessoas autistas possuem como característica serem mais introspectivas e de difícil comunicação. O que acarreta muitas dúvidas sobre a condição em que os próprios devem ser tratados perante a sociedade. As dúvidas geralmente são carregadas de preconceitos e informações mal divulgadas. O interesse sobre o tema para a população foi acalentada por muitos filmes que abordam o assunto, como Rain Man, do respeitado diretor Barry Levinson. “Percebi que meu filho tinha a síndrome quando aos sete anos ele não conseguia entender quando eu o chamava de gatinho”, conta a profissional de hotelaria Clarice Teixeira Braga, que percebeu que seu filho só conseguia ter um percepção concreta das palavras.

A adversidade começa com a árdua tarefa de conseguir o diagnóstico, pois a popularização da enfermidade é relativamente nova e não são todos os profissionais da saúde que compreendem o suficiente para dar um parecer final. Afinal, muitas vezes a palavra autismo pode ser usada jocosamente, generalizando muitos graus de algum empecilho intelectual.

Frio na barriga

por Pedro Felipe Araújo

Querido diário

Dia 15 de junho de 2011

Hoje acordei cedo, mas demorei a levantar da cama. Fiquei deitado por um tempo me perguntando como o dia terminaria. Finalmente chegara o dia do protesto que faríamos contra as Lojas Americanas, no centro do Rio, mas mesmo sendo eu um fervoroso militante da EDUCAFRO, não pude deixar de sentir medo. Era o segundo protesto do qual eu participava, mas era minha a responsabilidade de liderar o manifesto.

Confesso a você, meu caro diário, que por vezes me revirei angustiado na cama, pensando nas possíveis repressões que o grupo que eu assumiria talvez pudesse sofrer e senti meu estômago revirar ao pensar que eu pudesse ser o responsável por qualquer coisa que lhes acontecesse.

 
 
 
 
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