Espera pelo fim

domingo, 17 de julho de 2011

por Vinícius Vieira

Sexta-feira, 15 de julho de 2011. 
Acordei às oito horas de uma manhã fria. Olhando pela janela, onde vi uma neblina característica do inverno, pensei: "hoje eu vou pegar o último Expresso para Hogwarts". Tratei de me arrumar. Havia comprado o ingresso, com um mês de antecedência, para meio dia e deveria chegar ao cinema cedo.


Antes de ir, entrei na internet pra ver como estavam os fãs da série e, vendo a quantidade de lamentos, a ficha caiu: "daqui a algumas horas eu vou dizer adeus à 10 anos de minha vida". Sequei, então, algumas lágrimas que correram pelo meu rosto e fui ao encontro do "Final Épico", como diziam os críticos da série.

Batata recheada

por Pedro Felipe Araújo

A festa da posse do novo secretário de cultura de Nova Iguaçu, o Sr. Anderson Ávila, ou melhor Anderson Batata, aconteceu entre os figurinos e a decoração da cultura nordestina. Pegando todo o espírito do Espaço Cultural Sylvio Monteiro, que recebe o primeiro Festival de Cultura Popular da Bixada, o coquetel do novo secretário aconteceu em ritmo de festa junina, quebrando o velho protocolo de festividade formal.
        
Uma onda de cultura marcou o início da festa. Depois da oficialização da posse que aconteceu no teatro do centro cultural, os alunos do grupo “Voz e Movimento” fizeram o encerramento da cerimônia e trouxeram os convidados para a festa que continuou no pátio do Sylvio Monteiro. Em um ambiente mais descontraído, os convidados passeavam do Forró ao Axé, fazendo uma verdadeira salada cultural ao som da batucada.

Prazer em ser...

por Joyce Pessanha

Crônica

Nunca quis ser atriz, modelo, advogada, engenheira ou paquita da Xuxa. Nunca quis voar ou aprender a nadar. Nunca me dei com os que só vestem Colcci, Ellus, Nike, Adidas e bolsas da Victor Hugo. Os rockeiros me encantam, os funkeiros me arrancam sinceras e amistosas gargalhadas, os religiosos têm o meu respeito, os adolescentes a admiração pela paixão à vida, os idosos a profunda gratidão por uma vida de colaboração. Entretanto, não pertenço a nenhum destes grupos. Fico de longe, olhando, tentando entender, tentando traduzir as observações em palavras.
Admiro os fatos corriqueiros. Você talvez nem entenda, ou não perceba. Como uma mãe que chora a dor de um filho e tenta ser consolada, porque ela tem que se consolar? Perguntas. Um homem que luta a vida inteira por um sonho pra ver o mesmo sonho batendo em sua cara e lhe dizendo não. Ou um camelô que ganha rios de dinheiro vendendo água com 150% de lucro no trem, mas gasta tudo em cachaça, o amor pra sempre que dura apenas uma semana.
Sou de outra classe, não me encaixo nos engravatados, nos maquiados, nos que correm atrás do dinheiro e se esquecem do tempo precioso que é a vida, dos que vivem para ferir e passar por cima de outras pessoas. Depois de anos de procura e dúvida sobre minha vocação, descobri num teste vocacional o que todos os sinais já me apontavam. Sou jornalista. Mas, de novo, faço parte de outra espécie.

 
 
 
 
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